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Favoritismo feminino: como o judô brasileiro chega para as Olimpíadas de Paris
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Favoritismo feminino: como o judô brasileiro chega para as Olimpíadas de Paris

A tradição e o respeito ao judô brasileiro não são de hoje. Desde 1984, nas Olimpíadas de Los Angeles, o Brasil tem marcado presença constante em todos os pódios olímpicos
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Rafaela Silva (esq.) é esperança de medalha do Brasil
 (Foto: Wander Roberto/COB)
Foto: Wander Roberto/COB Rafaela Silva (esq.) é esperança de medalha do Brasil

Arte marcial secular do Japão, o judô é sinônimo de tradição e vitórias para o Brasil em Olimpíadas. Com 24 medalhas conquistadas (quatro ouros, três pratas e 17 bronzes) em todas as participações brasileiras em Jogos Olímpicos, a modalidade é líder em pódios.

A tradição e o respeito ao judô brasileiro não são de hoje. Desde 1984, em Los Angeles, o Brasil tem sido presença constante em todos os pódios olímpicos.

Na edição deste ano, em Paris, a delegação brasileira de judô leva, mais uma vez, esperanças de trazer medalhas. Na comissão atual, quatro atletas já chegaram entre os três melhores: Mayra Aguiar, com três de bronze, em 2012, 2016 e 2021; Rafael Silva, com bronze, em 2016; Daniel Cargnin, com bronze, em 2021; e Rafaela Silva, com ouro em 2016.

O colunista do O POVO e especialista em esportes olímpicos, Marcelo Romano, projetou o desempenho dos brasileiros. “Modalidade tradicional, onde o Brasil acaba conquistando sempre duas ou três medalhas. Os principais nomes são as veteranas medalhistas Mayra Aguiar e Rafaela Silva. A primeira conquistou ouro no Grand Slam de Tóquio, em dezembro, mas não treinou neste ano. Já a Rafaela não participou da última Olimpíada por doping e deve querer mostrar serviço”, comentou o jornalista.

“No masculino, Daniel Cargnin é um dos nomes interessantes, foi medalhista de bronze em 2021. Temos também Willian Lima e Guilherme Schimidt, que podem surpreender”, completou.

Ex-atleta olímpico, multicampeão na modalidade e embaixador do Time Brasil nas Olimpíadas de Paris, Tiago Camilo comentou sobre a sua expectativa. “Estou otimista, o feminino tem um pouco mais de chance pelas referências que temos: Mayra, Rafaela e Bia”, disse.

“Mas o masculino pode surpreender, principalmente nas categorias em que temos atletas estreando, 60kg, 66kg, 81kg e 100k”, acrescentou, complementando que espera que três medalhas sejam conquistadas.

A ex-treinadora da seleção brasileira de judô, Rosicleia Campos, explicou como funciona o processo de preparação antes da competição. “A aclimatação é exatamente isso, né? Se ambientar com horário de dormir, de acordar, apesar de ter um fuso bem pequeno, só de três horas. Tudo que você muda seu dia a dia impacta na sua performance. Então, quando chega dias antes do início da competição, é exatamente para minimizar qualquer efeito colateral de você estar mudando a sua rotina”, explicou.

Sobre o grupo atual, a ex-treinadora afirma que a delegação é “privilegiada” por contar com tantos atletas de alto nível, tanto no feminino quanto no masculino. “A gente tem várias possibilidades. Eu fico muito feliz e bastante otimista aí com as atletas. Entendo que há a responsabilidade da modalidade como um todo, não só das meninas, mas como dos meninos também, porque a gente tem essa tradição de trazer medalhas olímpicas”, afirmou.

O judô brasileiro estreia em busca do pódio nas Olimpíadas de Paris hoje, um dia após a cerimônia de abertura.

Judô brasileiro na Olimpíada de Paris

Feminino

  • Natasha Ferreira (-48kg)
  • Larissa Pimenta (-52kg)
  • Rafaela Silva (-57kg)
  • Ketleyn Quadros (-63kg)
  • Mayra Aguiar (-78kg)
  • Beatriz Souza (+78kg)

Masculino

  • Michel Augusto (-60kg)
  • William Lima (-66kg)
  • Daniel Cargnin (-73kg)
  • Guilherme Schimidt (-81 kg)
  • Rafael Macedo (-90kg)
  • Leonardo Gonçalves (-100kg)
  • Rafael Silva (+100kg)
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