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Brasil fica com uma prata e um bronze no surfe na Olimpíada de Paris
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Brasil fica com uma prata e um bronze no surfe na Olimpíada de Paris

Brasileiros conquistam duas medalhas: Tatiana Weston-Webb é prata no feminino, Gabriel Medina fica com bronze no masculino
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Tatiana Weston-Webb ficou em segundo lugar
 (Foto: Ben Thouard / POOL / AFP)
Foto: Ben Thouard / POOL / AFP Tatiana Weston-Webb ficou em segundo lugar

Enquanto o mar de Teahupo'o quis, o Brasil dominou a fase final do surfe nas Olimpíadas de Paris-2024. Mas há mistérios que só a natureza sabe, e quando Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina precisavam de uma nota para uma vitória épica, o marasmo prevaleceu. Ainda assim, eles voltam para casa como medalhistas olímpicos: ela com a prata, ele com o bronze.

A medalha mais valiosa é de Tati. Nascida no Rio Grande do Sul, criada no Havaí e brasileira por opção, ela é a primeira medalhista olímpica da história do surfe feminino nacional. Depois de vencer Brisa Hennessy numa semifinal marcada por uma punição por interferência contra a surfista da Costa Rica, a gaúcha perdeu a decisão contra Caroline Marks por mísero 0,19 ponto.

Foi uma bateria quase que completamente sem ondas no mar do Taiti, na Polinésia Francesa, sede do surfe, a quase 16 mil quilômetros da Vila Olímpica em Paris. Um tubo de Marks, campeã mundial em 2023, deu grande vantagem à norte-americana. Coube à brasileira esperar pela boa vontade do mar da Oceania.

As ondas só reagiriam no fim, quando Tatiana precisava de um 4,68. Só depois do término da bateria veio a nota: um 4,5. Caroline Marks ficou com o ouro, Weston-Webb com a prata, Johanne Defay (França), bronze.

Mais cedo, Gabriel Medina teve a segunda chance da carreira de um bronze olímpico. Ele, que chegou como favorito ao ouro depois de conquistar uma vaga extremamente improvável, encarou o forte australiano Jack Robinson na semifinal. E, pela primeira vez na carreira profissional, o tricampeão mundial de surfe terminou uma bateria sem conseguir nem sequer pegar duas ondas.

Num duelo sul-americano com o peruano Alonso Correa, Medina queria exorcizar o segundo fantasma olímpico da carreira. Depois de eliminar o algoz na semifinal de Tóquio-2020, o japonês Kanoa Igarashi, o brasileiro precisava de uma vitória para se tornar medalhista.

E ela veio com virada e domínio completo. O rival, que tentava levar a primeira medalha para o Peru desde Barcelona-1992, saiu na frente, aproveitando o mar de poucas ondas. Mas quando a maré virou, Medina deu show.

Depois do doloroso quarto lugar em Tóquio — onde foi derrotado pelo bronze pelo australiano Owen Wright —, Medina consegue agora o objetivo de ser medalhista olímpico.

Na final, o surfista da casa, o taitiano Kauli Vaast, dominou a bateria completamente e o ouro ficou com a França, país que ele representa. A prata foi de Robinson.

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