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Paralimpíadas: Brasil ganha mais 3 ouros e sobe ao pódio 10 vezes no terceiro dia
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Paralimpíadas: Brasil ganha mais 3 ouros e sobe ao pódio 10 vezes no terceiro dia

Gabriel Araújo e Carol Santiago, da natação, e Fernanda Yara, do atletismo, levam País ao primeiro lugar das provas. Brasil se consolida no terceiro lugar geral
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Carol Santiago atingiu recorde de seis medalhas paralímpicas (Foto: fotos Silvio Avila/CPB)
Foto: fotos Silvio Avila/CPB Carol Santiago atingiu recorde de seis medalhas paralímpicas

O Brasil conseguiu mais três medalhas de ouro — duas na natação e uma no atletismo — ontem e fechou o terceiro dia dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 com 10 pódios, consolidado na terceira posição geral. No total, o País já celebrou o primeiro lugar oito vezes, conquistou três pratas e obteve 12 bronzes.

Um dos principais nomes da delegação verde-e-amarelo, Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, voltou a competir na Arena La Défense e venceu a medalha de ouro nos 50m costas na classe S2 (limitações físico-motoras). Com o tempo de 50s93, o nadador de 22 anos quebrou o recorde das Américas na prova.

Vladimir Danilenko, da delegação dos Atletas Paralímpicos Neutros, ficou com a prata, com o tempo de 57s54. O bronze ficou com o chileno Alberto Caroly Abara Diaz, com 58s12.

Gabrielzinho conquistou sua segunda medalha de ouro nestas Paralimpíadas. O mineiro já havia vencido a prova dos 100 metros costas na classe S2 na última quinta-feira, 29, conquistando o primeiro o ouro do Brasil.

“Não sei se tem como falar outra coisa, eu amassei, mas vou falar, amassei de novo, não tenho o que dizer. Foi uma prova fantástica, sensacional, de manhã já tinha sido bom, e eu sabia o que tinha que fazer para acertar e melhorar mais ainda, só que foi um tempo que chama muita atenção, chama muita atenção, foi muito bom, e eu acho que eu não estou nadando, não, eu estou voando, estou flutuando na água”, disse o campeão.

Além de Gabriel, a pernambucana Carol Santiago também conquistou a medalha de ouro. Ela foi campeã dos 100m costas S12 (deficiência visual), com o tempo de 1min08s23. A brasileira quebrou o recorde das Américas, que já era dela.

Com a medalha, Carol se igualou a Ádria Rocha Santos como atleta brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpcos. Esta foi a sexta medalha dela, que já havia conquistado três ouros, um bronze e uma prata em Tóquio-2020.

Já o brasiliense Wendell Belarmino, de 26 anos, conquistou a prata nos 50m livre S11 (destinada a atletas com deficiência visual), com o tempo de 26s11, o mesmo do chinês Dongdong Hua. O ouro ficou com o japonês Keiichi Kimura, com o tempo de 25s98. Na mesma prova, o catarinense Matheus Rheine terminou em oitavo lugar, com o tempo de 26s93.

O paulista José Ronaldo ficou com o 4º lugar nos 50m nado costas S1, para atletas com limitações físico-motoras. Ele fez tempo de 1min17s24.

Fernanda Yara conquista ouro no atletismo

No atletismo, a paraense Fernanda Yara conquistou a medalha de ouro nos 400m T47 (deficiência nos membros superiores), realizando seu melhor tempo na prova: 56s74.

Ao seu lado no pódio, esteve a potiguar Maria Clara Augusto, que conquistou o bronze, com tempo de 57s20, também sua melhor marca pessoal. Ambas as atletas faturaram uma medalha em Jogos Paralímpicos pela primeira vez.

A também potiguar Thalita Simplício levou a medalha de prata nos 400 metros T11 (deficiência visual quase total ou total). Com seu guia Felipe Veloso, a brasileira de 27 anos chegou na segunda colocação, com o tempo de 57s21, sua melhor marca na temporada.

“Eu não vou negar, eu queria muito esse ouro. A gente treina muito, eu estou com muita dor nesse fim de ciclo”, disse Thalita, em entrevista à Globo.

O paraibano Joeferson Marinho conquistou a medalha de bronze nos 100m T12 (deficiência visual), com o tempo de 10s84. É a primeira medalha paralímpica na carreira de Jeferson. Em Tóquio, ele havia sido quarto lugar na mesma disputa.

No lançamento de dardo classe F57 (competição sentada), Cícero Nobre conquistou o bronze ao atingir a marca de 49,46m. Essa é a segunda medalha paralímpica do paraibano, que também ficou em terceiro lugar em Tóquio-2020.

Verônica Hipólito e Samira Brito se classificaram para a grande final dos 200m classe T36 (paralisados cerebrais). A primeira cravou 30s80, terminando em quinto. Já a segunda fez 30s96 para ficar com o sétimo tempo. A final acontece hoje, às 7h31min (de Brasília).

Dois bronzes no tênis de mesa

Danielle Rauen e Bruna Alexandre foram derrotadas pelas australianas Li Na Lei e Qian Yang nas duplas WD20. Cláudio Massad e Luiz Felipe Manara perderam para os chineses Chaodong Liu e Yiqing Zhao nas duplas MD18. As duas duplas brasileiras ficaram com o bronze.

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