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André Rocha é bronze no lançamento de disco e garante 400ª medalha paralímpica do Brasil
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André Rocha é bronze no lançamento de disco e garante 400ª medalha paralímpica do Brasil

País soma quatro pódios no quarto dia em Paris, com uma prata e três bronzes, e atinge marca histórica nos Jogos Paralímpicos
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André Rocha, do lançamento de disco, foi responsável pela 400ª medalha
 (Foto: Wander Roberto/CPB)
Foto: Wander Roberto/CPB André Rocha, do lançamento de disco, foi responsável pela 400ª medalha

Em um dia com quatro pódios dos brasileiros, coube ao paulista André Rocha, de 47 anos, bronze no lançamento de disco na classe F52 (atletas que competem sentados), com a marca de 19,48m, conquistar a 400ª medalha do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos.

A delegação verde-e-amarela ainda teve mais dois bronzes na natação, com Lídia Cruz e o revezamento 4×100 livre S14 (atletas com deficiência intelectual), e uma prata no tiro esportivo, com Alexandre Galgani.

"Eu não sabia dessa informação (400ª medalha). Independentemente de tudo, estou feliz, mas não fiz uma boa prova. Minhas marcas são superiores e ainda tive que torcer para não me ultrapassarem. Depois de tudo o que eu passei nesses anos, com dificuldades, com mudança de classe, estar em uma Paralimpíada é um momento único", disse André Rocha.

A medalha de ouro foi para o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, que estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com 27,06m. O segundo lugar ficou com o letão Aigars Apinis, que alcançou 20,62m.

André, natural de Taubaté, era policial militar e, durante uma perseguição, em 2005, caiu de um muro alto e sofreu grave lesão na coluna lombar. Depois de complicações na cirurgia e uma nova e grave lesão na coluna cervical anos depois, ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. Conheceu o esporte paralímpico em 2013, em um projeto da prefeitura de sua cidade.

Na natação, o revezamento do Brasil ganhou a medalha de bronze nos 4×100 livre S14 (atletas com deficiência intelectual) e fez o novo recorde das Américas, com o tempo de 3min47s49. O ouro ficou com o Reino Unido (3min43s05), e a prata, com a Austrália (3min46s37). O Brasil abriu com Arthur Xavier Ribeiro, depois Gabriel Bandeira, Beatriz Borges Carneiro e Ana Karolina Soares de Oliveira.

A carioca Lídia Cruz ganhou a medalha de bronze nos 150m medley SM 4, destinada a atletas com limitações físico-motoras, com o tempo de 2min57s16, o novo recorde das Américas. A alemã Tanja Scholz ganhou o ouro, com 2min51s31, e Natalia Butkova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), a prata, com 2min54s68. A mineira Patrícia Pereira terminou em 8º lugar na mesma prova, com o tempo de 3min05s99.

Já a medalha de prata veio com o paulista Alexandre Galgani, que conquistou o primeiro pódio do Brasil no tiro esportivo na história dos Jogos Paralímpicos. O resultado histórico veio com uma prata na prova R5 Carabina de Ar – 10m – Posição Deitado Misto SH2 (atiradores que precisam de suporte para a arma), na qual ele marcou com 254,2 pontos.

O ouro ficou com Tanguy de la Forest (255,4 pontos), da França, e o bronze foi para Mika Mizuta (232,1 pontos), do Japão.

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