O Brasil viveu uma segunda-feira, 2, mágica em Paris. Foi o dia com mais pódios na atual edição dos Jogos Paralímpicos (11 no total), com direito a quatro ouros e medalhas inéditas. O País ocupa a quarta colocação do quadro geral, com 38 conquistas.
Na natação, Gabriel Araújo e Carol Santiago voltaram a brilhar e levaram o Brasil ao topo. Foi a terceira medalha dourada de Gabrielzinho nesta Paralimpíada. Já Carol conquistou a segunda e se tornou a brasileira com mais ouros na história dos Jogos: cinco, superando Ádria Santos.
Os outros dois títulos do dia vieram no atletismo, com Claudiney Batista e Beth Gomes, ambos do lançamento de disco. A delegação brasileira também faturou outras medalhas no atletismo e na natação, além do triatlo e badminton.
Claudiney brilhou e conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco, classe F56 (para pessoas que competem sentados). O brasileiro venceu a prova com a marca de 46,86m, novo recorde paralímpico.
Uma das porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos, Beth Gomes ganhou duas medalhas ontem. Ela conquistou o bicampeonato paralímpico no lançamento de disco F53 (que competem sentados). Com a marca de 17,37m, bateu o recorde paralímpico da sua classe também
Beth também ficou com a de prata no arremesso de peso das classes F53/F54, atingindo uma marca de 7,82m. Ela bateu o recorde mundial de sua classe.
Aser Ramos conquistou a medalha de prata na final do salto em distância T36 (paralisados cerebrais)
Ele saltou em 5,76 e só foi superado pelo atleta neutro Evgenii Torsunov, que fez 5,83m.
Já Vinícius Rodrigues conseguiu a medalha de bronze na final dos 100m T63 (amputados de membros inferiores com prótese) ao completar a prova em 12s10, apenas 04 centésimos do medalhista de ouro, o norte-americano Ezra Frech.
A natação também tem rendido muitas medalhas ao Brasil. Nos 200m livre da classe S2 (limitações físico-motoras), Gabrielzinho superou os adversários com tempo de 3min58s92 e chegou ao seu terceiro ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris. Além desta, o brasileiro também saiu vitorioso nas etapas dos 100m e dos 50m (de costas).
Com 22 anos, o brasileiro se tornou bicampeão paralímpico nos 200m, posto que também detém na modalidade dos 50m de costas. Agora, Gabrielzinho acumula seis medalhas em duas edições dos Jogos. Vale ressaltar que, no último ciclo paralímpico, ele garantiu seis medalhas de ouro (Mundiais de Manchester 2023 e da Ilha da Madeira 2022).
As gêmeas Débora e Beatriz Carneiro conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente, nos 100m peito da classe SB14 (deficiência intelectual).
Outro destaque da equipe brasileira, Carol Santiago se tornou a mulher brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpicos. Ela faturou a prova dos 50m livre S13, destinada a atletas com deficiência visual, com o tempo de 26s75 e chegou à sua 2ª medalha dourada em Paris e cinco na história, uma a mais que Ádria Santos, do atletismo, que tem quatro.
No triatlo, Ronan Cordeiro disputou a prova da classe PTS5 (comprometimento físico-motor) e ficou com a medalha de prata. O brasileiro completou a corrida, que envolve natação, atletismo e ciclismo, em um tempo de 59min01s.
Já o paranaense Vitor Tavares conquistou a inédita medalha de bronze no badminton ao derrotar Man Kai Chu, de Hong Kong, por 2 sets a 1, com parciais de 23/21, 16/21 e 21/12, na chave de simples da classe SH6 (baixa estatura).