Quarto colocado geral, o Brasil teve mais um dia recheado de medalhas nos Jogos Paralímpicos de Paris. Impulsionado pelo atletismo, o País subiu ao pódio em dez ocasiões, com dois ouros, duas pratas e seis bronzes.
Os campeões do dia foram Yeltsin Jacques e Jerusa Geber, que foram mais rápidos que os rivais nas pistas. Entre corridas, lançamento de dardo e salto em distância, o atletismo garantiu sete medalhas ontem. A natação, outro ponto forte da delegação brasileira nas Paralimpíadas, garantiu mais duas, enquanto o tênis de mesa rendeu a outra.
Nos 1.500m da classe T11 (deficiência visual), o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques conquistou o ouro, e o paulista Júlio César Agripino, o bronze. Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, com 3min57s60.
Esta foi a quarta medalha paralímpica do sul-mato-grossense em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio-2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. Ele ganhou o bronze em Paris nos 5.000m, prova em que Júlio Agripino foi ouro.
"Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados", celebrou o campeão paralímpico.
O outro ouro foi conquistado por Jerusa Geber conquistou a medalha de ouro nos 100m T11 (deficiência visual). Na mesma prova, Lorena Spoladore levou o bronze. Nos 100m T13 (deficiência visual), Rayane Soares conquistou a medalha de prata.
O País ainda comemorou a prata com a baiana Raissa Machado no lançamento de dardo da classe F56 (competem sentados). Já no salto em distância da classe T37 (paralisados cerebrais), Mateus Evangelista conquistou a medalha de bronze ao saltar 6,20m.
"Acordei sabendo que uma medalha seria minha, não importava a cor. Agora é começar a me preparar para buscar o ouro em Los Angeles (nos Jogos Paralímpicos de 2028)", comemorou Raissa.
Nas águas, o Brasil faturou mais duas medalhas em Paris. Mariana Gesteira subiu ao pódio com o bronze nos 100m costas, da classe S9 (limitação físico-motora). O ouro ficou com a americana Christie Raleigh-Crossley (1min07s92) e a prata com a espanhola Nuria Marques Soto (1min09s24).
Mayara Petzold também faturou o bronze, nos 50m borboleta S6, com a marca de 37s51. As chinesas Yuyan Jiang (35s03) e Daomin Liu (37s10) ganharam ouro e prata, respectivamente.
A outra medalha do dia foi de Bruna Alexandre, do tênis de mesa, que levou o bronze. A brasileira lutou muito, mas perdeu a semifinal da chave individual na classe WS10 (andantes) feminina. O resultado veio com uma derrota na semifinal para a australiana Qian Yang por 3 sets a 2 (6/11, 11/3, 9/11, 11/9 e 11/3).
Esta foi a segunda medalha de Bruna nos Jogos Paralímpicos de Paris. Ao lado da também catarinense Danielle Rauen, ela também foi bronze nas duplas WD20. Bruna é a maior medalhista brasileira da modalidade, com seis pódios ao todo.