Brasileira com maior número de medalhas de ouro (seis) na história dos Jogos Paralímpicos, a nadadora pernambucana Carol Santiago ampliou o recorde com mais um título ontem, em Paris, nos 100m livre. Responsável pela única conquista dourada do Brasil no dia, ela ainda faturou uma prata no revezamento 4x100 livre misto.
"Eu estou muito, muito feliz, muito satisfeita. São muitas emoções. Está sendo uma competição muito intensa, maravilhosa e eu só tenho a agradecer", celebrou Carol.
A quarta-feira, 4, verde-e-amarela teve nove pódios, com quatro do atletismo, quatro da natação e mais um no halterofilismo. O País agora soma 15 ouros, 15 pratas e 27 bronzes, totalizando 57 medalhas, no sexto lugar do quadro de medalhas, ultrapassado pela anfitriã França e pela Holanda.
Carol Santiago terminou em primeiro na final dos 100m livre S12 (deficiência visual), com o tempo de 59s30, chegando a três medalhas de ouro nesta edição dos Jogos — anteriormente, havia vencido nos 100m costas S12 e nos 50m livre S13. Ela também havia ultrapassado a mineira Ádria Santos, que conta com quatro vitórias no atletismo e era a mulher com mais medalhas.
Além da pernambucana, a brasileira Lucilene Souza também disputou a final da modalidade. A paranaense finalizou com o tempo de 1min02s47 e encerrou na sexta posição.
Com a conquista, Carol conquistou seu segundo ouro nos 100m livre, prova que também saiu vencedora nos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Naquele ano, ela também levou outras duas medalhas douradas, nos 50m livre e nos 100m peito, além de ter ganhado uma prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos e um bronze nos 100m costas.
O Brasil também subiu ao pódio em outras provas da natação. A mineira Patrícia Pereira ficou com a prata na final dos 50m peito S3 (limitações físico-motoras). Ela cravou o tempo de 58s31 e ficou atrás somente da italiana Monica Boggioni, com 53s25.
No revezamento 4x100m livre - 49 pontos, o time formado por Matheus Rheine, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago também faturou a prata. Por fim, Mariana Gesteira conquistou a medalha de bronze na final dos 100m livre S9 (limitações físico-motoras).
O atletismo também rendeu dia positivo para o Brasil. Bartolomeu Chaves, o Passarinho, faturou a prata na prova dos 400m classe T37. Ele cravou 50s39, o melhor tempo de sua carreira.
O paraibano Ariosvaldo Silva, o Parré, conquistou sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos ao levar o bronze nos 100m classe T53, destinado aos atletas que competem em cadeiras de rodas, com o tempo de 15s08.
Já a paulista Verônica Hipólito conquistou o bronze nos 100m classe T36 (paralisados cerebrais) com o tempo de 14s24. A amapaense Wanna Brito conquistou sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos. Ela levou a prata no arremesso de peso F32, destinada a paralisados cerebrais que competem sentados, com a marca de 7,89m, novo recorde das Américas.
No halterofilismo, Lara Lima comemorou o bronze na categoria até 41kg. A brasileira suportou 109 kg no supino e ficou atrás da chinesa Zhe Cui, que bateu o recorde paralímpico da prova com 119 kg, e da nigeriana Esther Nworgu.