Pressionado pelo baixo desempenho nas Eliminatórias da Copa do Mundo e uma campanha decepcionante na Copa América, o Brasil entra em campo nesta sexta-feira, 6, às 22 horas, no estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR), contra o Equador em busca de não somente subir na tabela do torneio classificatório, mas também de elevar o moral dos jogadores verde e amarelo.
Em seis jogos disputados, o grupo hoje comandado por Dorival Júnior contabiliza duas vitórias, um empate e três derrotas no certame, com apenas oito gols marcados e sete tomados e um aproveitamento de somente 38,9%. É o pior número da seleção brasileira em 72 anos de participação no classificatório.
Invicto com o grupo — tendo dirigido a equipe em amistosos e na Copa América —, o técnico Dorival Júnior revelou antes da partida que a situação é incômoda, já que a seleção hoje está bem distante das primeiras colocações. Ainda assim, o ex-Ceará e ex-Fortaleza frisou que o Brasil ainda tem 12 rodadas para disputar e que a partida frente ao Equador não deverá ser tranquila.
"É claro que essa situação incomoda (posição na tabela) e requer uma atenção especial do que vamos fazer daqui para frente. Será um jogo complicado, não esperem uma partida tranquila. O Equador fez uma grande Copa América e um duelo parelho contra a Argentina (quando foi eliminado pela campeã). Podem esperar um jogo de bom nível, espero que façamos jogos melhores em relação aos que fizemos anteriormente", admitiu o técnico.
Apesar da campanha até agora decepcionante, o Brasil segue na zona de classificação para a Copa do Mundo da América do Norte, em 2028. A América do Sul tem 6 vagas diretas e uma para repescagem do próximo Mundial, que contará com 48 seleções.
O Equador tem um ponto a mais que o Brasil na classificação. Também eliminado nas quartas de final da Copa América, a seleção equatoriana optou por trocar o comando técnico. Saiu o espanhol Félix Sánchez Bas e entrou o argentino Sebastián Beccacece, que já foi alvo do interesse de clubes brasileiros e auxiliar de Jorge Sampaoli.
Antes do jogo, o treinador argentino adotou o discurso de superação, apontando a força do Brasil e o potencial do país do futebol.
"Brasil é Brasil, mas temos jogadores que acreditam que podem ganhar. Montaremos uma equipe equatoriana competitiva e que busque também ser protagonista. Sabemos do potencial do rival, mas é uma grande oportunidade para mudar a história", analisou o hermano.
Frente a um adversário com a ambição de encostar nas primeiras posições, o Brasil contará com um grande número de desfalques por lesão. Ao todo, quatro atletas foram cortados por questões médicas: o zagueiro Éder Militão, com problema muscular na coxa direita; os atacantes Savinho e Pedro, com tendinite no joelho e ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, respectivamente; e ainda o lateral-direito Yan Couto, com problemas clínicos não especificados.
William, Lucas Moura e João Pedro foram convocados para suprir ausências. As alterações obrigaram Dorival Júnior a fazer trocas pontuais em sua ideia de formação titular, mas também abriram espaço para testes que devem ser executados.
Com a ausência de Militão, a defesa deverá ser composta por Marquinhos e Gabriel Magalhães. No ataque, Endrick é dúvida pelo simples fato de que o treinador pode optar por Luiz Henrique, do Botafogo, ao lado de Rodrygo e Vinícius Júnior. O atleta alvinegro foi testado na vaga do ex-Palmeiras no último treino antes do confronto.
Apesar de confirmar nervosismo por uma possível estreia com a camisa canarinha, Luiz Henrique destacou que, junto aos atletas, tentará não levar o momento difícil da seleção brasileira para dentro do campo de uma maneira negativa.
"A gente não tem que ficar pensando no momento da seleção. Aqui estamos em um novo ciclo, temos que pensar no hoje, para dar o nosso melhor agora", afirmou ele. (Com Agência Estado)