Na reta final dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, o Brasil teve uma sexta-feira, 6, com dois ouros, que garantiram o bicampeonato de Talisson Glock na natação e de Alana Maldonado no judô. No total, foram oito medalhas conquistadas ontem, totalizando 70 na atual edição.
Nas águas, Talisson Glock ganhou o ouro na prova dos 400m livre da classe S6 (limitação físico-motora). O brasileiro dominou a prova desde o início. No fim, acabou pressionado pelo italiano Antonio Fantin, medalha de prata, o que não impediu o bicampeonato. Ele fechou os 400m em 4min49seg55.
"Eu fico muito, muito feliz com o que eu tenho feito aqui nessa competição. Foi muita entrega, muita dedicação. Melhor recorde pessoal", celebrou o nadador.
Gabriel Bandeira, conhecido como Flag Bill, subiu ao pódio com a prata nos 100m costas S14 (deficiência intelectual).
No judô, Alana Maldonado garantiu o bicampeonato paralímpico da categoria até 70kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens). Ela ganhou o ouro ao bater a chinesa Yue Wang na final.
Brenda Freitas também disputou uma final, na categoria até 70kg, classe J1. A brasileira fez um combate disputado, mas perdeu para a chinesa Li Liu, ficando com a prata.
O dia também teve bons resultados do Brasil no atletismo. Já ão 30 medalhas na modalidade, o segundo melhor desempenho em uma única edição, atrás apenas do Rio de Janeiro em 2016, quando foram 33. Zileide Cassiano da Silva conquistou a prata no salto em distância, classe T20, em prova vencida pela polonesa Karolina Kucharczyk, atual recordista mundial e paralímpica.
O mesmo desempenho foi obtido por Thiago Paulino dos Santos, que subiu ao pódio como segundo colocado no arremesso de peso, classe F57 (competem sentados).
Antônia Keyla levou a medalha de bronze na final dos 1500m T20 (deficiência intelectual). Ela cravou o tempo de 4min29s40, o novo recorde das Américas.
Já no halterofilismo, Maria de Fátima Castro levou o bronze na categoria até 67kg. A atleta alcançou um levantamento de 133kg, sendo superada pela chinesa Yujiao Tan, com 142kg (novo recorde mundial) e a egípcia Fatma Elyan, com 139kg.
O resultado garantiu à Maria o recorde das Américas. A melhor marca continental anterior era da mexicana Amalia Perez Vazques, que suportou 132kg em junho deste ano, em etapa da Copa do Mundo na Geórgia.