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Ex-diretor cobra R$ 2,4 milhões do Ceará por percentual de atletas em acordo de compra do CT
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Ex-diretor cobra R$ 2,4 milhões do Ceará por percentual de atletas em acordo de compra do CT

Ângelo Oliva alega que contrato de negociação da Cidade Vozão previa que Alvinegro fizesse repasse de 25% dos direitos econômicos de atletas revelados entre 2014 e 2019
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Ângelo Oliva, ex-diretor administrativo e de patrimônio do Ceará (Foto: Israel Simonton/CearaSC.com)
Foto: Israel Simonton/CearaSC.com Ângelo Oliva, ex-diretor administrativo e de patrimônio do Ceará

Ex-diretor do Ceará, o empresário Ângelo Oliva ingressou com uma ação na 19ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza em que cobra R$ 2,4 milhões do Alvinegro pelo repasse de valores de percentual das negociações de quatro jogadores em acordo que envolve a compra do CT do clube, em Itaitinga, apurou O POVO.

Ex-diretor administrativo e de patrimônio do Vovô, Oliva alega que o acordo de cotistas na transação do equipamento previa que 25% dos direitos econômicos dos atletas formados nas categorias de base entre janeiro de 2014 e julho de 2019 deveriam ser repassados a ele — o contrato entre as partes está em segredo de justiça no documento ao qual O POVO teve acesso.

No processo, o antigo dirigente alvinegro aponta quatro jogadores vendidos: Caio Paulista (Fluminense-RJ), Arthur Cabral (Palmeiras-SP), Rick (Ludogorets-BUL) e Jefferson Maciel (Botafogo-RJ).

Baseado nas cifras das transferências, que ocorreram entre 2021 e 2023, o empresário entende que teria direito aos seguintes repasses de cada operação:

  1. Caio Paulista: R$ 401.775,71
  2. Arthur Cabral: R$ 673.650,00
  3. Rick: R$ 526.500,00
  4. Jefferson Maciel: R$ 169.762,50
  5. Total: R$ 1.771.688,21

Na ação judicial, Ângelo Oliva pede o valor total de R$ 2.406.255,58, com atualização, multa de 10% e juro de 1% ao mês devido ao não pagamento do Ceará. No processo, os advogados do empresário dizem que não tiveram sucesso "em qualquer tentativa amistosa de solução conjunta, tendo, inclusive, enviado notificações extrajudiciais".

Procurado pelo O POVO, o departamento jurídico do Ceará informou que o clube ainda não foi notificado do processo e, por isso, não iria se manifestar sobre o caso.

A compra do Ceten pelo Ceará

Ângelo Oliva era o proprietário do Centro de Treinamento Esportivo do Nordeste, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza. Em junho de 2013, o Vovô assinou protocolo de intenção de aquisição do equipamento, o que foi consumado em 17 de janeiro de 2014. O agora CT Luís Campos, chamado de Cidade Vozão, abriga as categorias de base e o futebol feminino.

O acordo da venda do CT (Contrato de Cessão e Transferência de Cotas em Sociedade de Responsabilidade Limitada) previa um acordo de cotistas para " disciplinar a gestão da sociedade até a transferência total das cotas sociais", de acordo com o processo.

Nas gestões de Robinson de Castro, entre 2016 e 2020, Oliva ocupou cargos na diretoria do Alvinegro de Porangabuçu nas partas de patrimônio e administração.

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