Logo O POVO+
Com evolução na defesa, Ceará foi vazado apenas 6 vezes em 9 jogos
Esportes

Com evolução na defesa, Ceará foi vazado apenas 6 vezes em 9 jogos

Na briga pelo retorno à Série A, Vovô vê setor defensivo apresentar melhora em momento decisivo, virando fator crucial para recuperação do time
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
João Pedro Tchoca, zagueiro do Ceará, tem se firmado entre os titulares (Foto: Gledson Jorge / Ceará SC)
Foto: Gledson Jorge / Ceará SC João Pedro Tchoca, zagueiro do Ceará, tem se firmado entre os titulares

Para conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, a receita é tão simples quanto difícil: encontrar o equilíbrio entre ataque e defesa. Ao longo da Segundo, o Ceará enfrentou dificuldades para alcançar esse meio-termo entre os dois setores.

Enquanto o ataque se destacava pela eficiência e pelo alto número de gols marcados, a defesa apresentava problemas graves, a ponto de ser uma das piores do torneio — mesmo com o setor ofensivo sendo o melhor. Essa situação, no entanto, mudou. Nos nove jogos mais recentes da Série B, o Vovô sofreu apenas seis gols, com média 0,67 tento sofrido por partida.

Em quatro dessas partidas, o time de Léo Condé saiu de campo sem ser vazado: contra Vila Nova-GO, Brusque-SC, Ponte Preta-SP e Avaí-SC. O goleiro Bruno Ferreira buscou a bola dentro das redes apenas diante de Sport-SP (2), Ituano-SP (1), Santos-SP (1), Paysandu-PA (1) e Botafogo-SP (1). Dentro deste recorte, o Ceará foi derrotado apenas pelo Leão da Ilha e pelo Peixe; nos demais jogos, conquistou vitórias.

Ao comparar os confrontos com essas mesmas equipes no primeiro turno, a diferença é evidente. Naquela ocasião, o Alvinegro de Porangabuçu sofreu 13 gols nos mesmos nove confrontos — com mando de campo invertido.

Os motivos para essa melhora são diversos. Na primeira fase do campeonato, quando o número de gols sofridos era elevado, havia dificuldade em estabelecer uma dupla de zaga ideal. Nos quatro jogos finais daquela sequência, a equipe era comandada por Vágner Mancini, que foi demitido após a derrota por 3 a 1 para a Ponte Preta. O treinador costumava escalar Matheus Felipe e David Ricardo, alternando com Ramon Menezes.

Com a chegada de Léo Condé, os problemas defensivos persistiram. Um dos primeiros ajustes identificados foi na lateral direita. Sob o comandante anterior, Raí Ramos era titular incontestável. Com Condé, Rafael Ramos assumiu a posição e se tornou peça-chave.

Ainda assim, a zaga seguia como ponto de preocupação. David Ricardo era o único nome fixo, mas faltava um parceiro confiável. Matheus Felipe, antes titular absoluto, teve queda de desempenho e passou a ser criticado pela torcida.

A solução encontrada por Condé foi João Pedro Tchoca. Contratado na janela de meio de ano por empréstimo junto ao Corinthians-SP, o jovem defensor rapidamente se firmou na equipe e desenvolveu entrosamento com David Ricardo.

Com a dupla consolidada, o Ceará sofreu apenas três gols nas seis partidas em que atuaram juntos. Mantendo essa consistência nos dois jogos restantes, o Vovô tem boas chances de confirmar seu retorno à elite do futebol brasileiro.

O que você achou desse conteúdo?