A busca do Fortaleza por reforços para 2025 tem levado em conta a nacionalidade dos jogadores observados e pretendidos. Com nove estrangeiros no elenco — limite máximo permitido pela CBF no Brasileirão —, o Tricolor do Pici considera extrapolar a cota para contratar um centroavante nascido no Exterior e deve acertar com atletas brasileiros para as demais posições, apurou o Esportes O POVO.
O grupo comandado por Juan Pablo Vojvoda já tem os argentinos Brítez, Mancuso, Cardona, Pochettino, Martínez, Lucero e Machuca; o chileno Kuscevic; e o venezuelano Kervin Andrade. Machuca deve deixar o Pici, mas Pol Fernández, ex-Boca Juniors-ARG, chegará em janeiro, o que não alterará a quantidade.
Vale lembrar que o número de nove jogadores foi estabelecido para a edição de 2024 da Série A e pode ser alterado para a próxima temporada, no Conselho Técnico da competição, mas o Leão não quer correr o risco de ter muitos estrangeiros "sobrando" nas relações dos jogos.
O Fortaleza avalia que o mercado brasileiro tem poucas opções viáveis para a posição de centroavante — seja pelo aspecto técnico ou pelo financeiro — e expande o radar para além das fronteiras. As experiências recentes bem-sucedidas com Silvio Romero e Juan Martín Lucero também tornam o cenário mais favorável.
Além disso, as constantes convocações de Kuscevic e Kervin para as respectivas seleções nacionais abrem brecha para a chegada de mais um "gringo", já que ficariam oito à disposição no elenco durante as Datas Fifa.
Por outro lado, há empecilhos. A alta do dólar afeta diretamente os valores de possíveis compras de atacantes, o que faz o Leão botar o pé no freio para avaliar a melhor investida. A presença do clube do Pici na Copa Libertadores do ano que vem também faz equipes do exterior subirem a pedida nas conversas.
O fator técnico ainda pesa, uma vez que a ideia do departamento de futebol é qualificar o elenco e agregar um homem de referência que consiga disputar posição em bom nível com o artilheiro Lucero. Este posto atualmente pertence a Renato Kayzer, que tem sido cobiçado no mercado da bola e pode deixar o Tricolor.
Além do posto de referência do setor ofensivo, o Leão do Pici ainda quer reforçar mais três posições para 2025: a zaga, o meio-campo e o lado direito do ataque. Para estes setores, o foco está em jogadores brasileiros — que podem estar atuando no exterior — devido ao limite de estrangeiros.
Apesar dos altos valores nas transferências do mercado da bola, o Tricolor entende que é mais viável encontrar atletas nascidos no País para essas posições do que um centroavante, que também deve demandar um investimento maior.
Para a defesa, o objetivo é contratar um zagueiro canhoto. Luizão, revelado pelo São Paulo e que está no West Ham, da Inglaterra, chegou a estar no radar, mas as conversas não avançaram. No meio-campo, mesmo com a chegada iminente de Pol Fernández, o clube busca mais uma peça após a venda de Hércules ao Fluminense. Já o ataque ganhará mais um jogador de lado para concorrer com Yago Pikachu e Marinho.
Até o momento, o Fortaleza anunciou duas contratações para a próxima temporada: o goleiro Brenno, ex-Grêmio, e o lateral-esquerdo Diogo Barbosa, que deixou o Fluminense. Além deles, Pol Fernández, que já se despediu do Boca, tem acordo iniciando em janeiro.
Em contrapartida, o goleiro Maurício Kozlinski rumou para o Vila Nova, o meia Amorim e o atacante Iarley foram emprestados ao Athletic-MG. O zagueiro colombiano Brayan Ceballos foi vendido ao New England Revolution, dos Estados Unidos, e o defensor Bruno Melo será comprado pelo Coritiba.
*Tem pré-contrato