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Fim de semana marcado por violência nos estádios do Ceará tem 10 torcedores presos
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Fim de semana marcado por violência nos estádios do Ceará tem 10 torcedores presos

Jogos de Ceará e Fortaleza na rodada do Campeonato Cearense registraram brigas entre torcedores do próprio clube nas arquibancadas do PV, na capital cearense, e do Domingão, em Horizonte
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Ontem, torcedores do Ceará brigaram entre si no PV (Foto: AURELIO ALVES/O POVO)
Foto: AURELIO ALVES/O POVO Ontem, torcedores do Ceará brigaram entre si no PV

O fim de semana foi de violência nos estádios cearenses, com torcedores de Fortaleza e Ceará protagonizando brigas entre si em partidas consecutivas do Campeonato Cearense. Os incidentes resultaram em dez prisões, além de tumulto nas arquibancadas que obrigaram famílias a deixarem os jogos antes do apito final.

No sábado, 25, durante a estreia do Fortaleza contra o Horizonte, no estádio Domingão, membros de torcidas organizadas rivais do Tricolor entraram em confronto ainda no intervalo da partida. No segundo tempo, a confusão voltou a ocorrer e chegou a paralisar o jogo por dois minutos. Uma pessoa foi presa no local.

Já no domingo, 26, foi a vez de integrantes de torcidas organizadas do Ceará brigarem entre si durante o clássico contra o Ferroviário, no estádio Presidente Vargas. A confusão começou quando torcedores removeram gradis que separavam os grupos e passaram a trocar socos, pontapés e arremessar objetos, o que levou à paralisação da partida. Nove torcedores foram detidos, segundo balanço do Ministério Público do Ceará (MPCE).

Ambos os clubes se manifestaram repudiando os atos de violência. O Fortaleza Esporte Clube emitiu nota lamentando os incidentes e destacou que a briga foi contrária aos valores defendidos pela instituição. O clube rompeu diálogo e relação com as torcidas organizadas, e agora aguarda o desdobramento de investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

“Atitudes violentas não representam os valores do nosso clube e serão combatidas com firmeza, em colaboração com as autoridades competentes", afirmou a diretoria.

“Quanto aos brigões na arquibancada, vocês são uma vergonha! Vocês não têm os valores do clube e não nos representam. Quando o reconhecimento facial vier, e está perto, essas atitudes serão penalizadas", disse o CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz.

Na mesma linha, o Ceará Sporting Club repudiou as ações e disse que não irá compactuar “com atos de tamanha selvageria”. “O que presenciamos no estádio Presidente Vargas nos entristece e, acima de tudo, envergonha”, pontuou.

O promotor Antônio Edvando Elias de França, coordenador do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor), do Ministério Público do Ceará (MPCE), ressaltou a necessidade de uma reunião para discutir e implementar medidas preventivas e de combate à violência nos estádios.

As sucessivas confusões reforçam um padrão de comportamento violento que tem se repetido no futebol cearense. Desde 2022, pelo menos, que confrontos entre organizadas do mesmo time são registrados dentro e fora do Estado, gerando insegurança e afastando torcedores e famílias.

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