Criticado após uma má atuação na derrota para o Náutico-PE na Copa do Nordeste, o Ceará mostrou melhora de desempenho no Clássico da Paz, disputado nesse domingo, 26, diante do Ferroviário, pelo Campeonato Cearense de 2025.
No primeiro tempo do duelo — que resultou em vitória alvinegra por 2 a 1 — , o time de Porangabuçu assumiu o protagonismo em campo e criou ótimas chances para balançar as redes do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.
A performance não foi mantida na segunda etapa, é fato, mas já houve uma clara evolução em relação ao confronto anterior. Tal crescimento se dá muito por conta dos ajustes feitos na equipe por parte do técnico Léo Condé.
Para o jogo, o comandante do Vovô optou por sacar Richardson, que tem mais características defensivas, e escalou Lourenço, mais criativo, no time inicial. Com isso, o meio-campo foi formado por Lourenço, Fernando Sobral e Mugni.
A estratégia de dar maior fluidez e equilíbrio ao setor deu certo. Isso porque o trio alvinegro conseguiu defender de forma mais ajustada, além de servir os atacantes de maneira mais efetiva.
No confronto, também ficou perceptível a evolução técnica e tática de Fernando Sobral, que ainda não havia tido uma boa atuação em seu retorno ao clube. Com Lourenço ao lado, o camisa 88 alternou subidas ao ataque e mostrou boa movimentação.
"A gente vai tentando casar os jogadores dentro das características. O Sobral tem essa característica de aproximar um pouco mais. Quando joga o Richardson, dou mais liberdade para ele (Sobral). Com o Lourenço, eles já trabalham bem lado a lado, alternando ora o Lourenço saindo, ora ele saindo", disse Léo Condé em entrevista coletiva pós-vitória.
Destaque do Vovô em 2024, Lourenço não estava 100% fisicamente nas partidas anteriores devido a uma lesão sofrida na pré-temporada. Agora, apto a jogar, o volante aproveitou bem a oportunidade recebida e foi o autor do primeiro gol no jogo.
"Lourenço foi muito importante para a nossa trajetória do acesso no ano passado. Ele tem uma liderança positiva, não à toa o escolhi para ser capitão na reta final (da Série B 2024), alternando com o Richardson. Além disso, é uma liderança técnica, é um jogador que distribui bem o jogo, tem a bola longa. O gol que fez, tem o chute de fora da área, a bola parada. Ele tem muitas virtudes e é muito importante para nosso plantel", comentou o comandante.
Porém, se o meio-campo apresentou boa performance, o mesmo elogio não pode ser direcionado ao setor de defesa. Keiller e Marllon voltaram a cometer erros e preocuparam boa parte da torcida alvinegra. Sobre isso, Condé foi categórico.
"É apenas o início do trabalho, se a cada dois jogos alguém for mal e eu trocar, daqui a pouco não vamos ter mais time. Os erros acontecem, principalmente em início de temporada", ponderou.