Logo O POVO+
Ceará: solidez defensiva explica vitória em Clássico-Rei e dá tranquilidade a Condé
Esportes

Ceará: solidez defensiva explica vitória em Clássico-Rei e dá tranquilidade a Condé

Léo Condé mandou a campo o seguinte quarteto defensivo: Fabiano Souza, Marllon, Ramon Menezes e Matheus Bahia. Os quatro tiveram uma atuação praticamente perfeita
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Léo Condé aprovou atuação alvinegra no Clássico-Rei
 (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Léo Condé aprovou atuação alvinegra no Clássico-Rei

Para um time conquistar uma vitória em um clássico, diversos fatores precisam funcionar na prática. A conjuntura da equipe deve beirar a perfeição, e a sinergia entre os jogadores — dentro de campo e fora dele, junto à torcida — precisa estar em sintonia, como uma música bem executada.

Nesse contexto, o triunfo do Ceará, no último sábado, 8, sobre o Fortaleza, no primeiro Clássico-Rei da temporada, válido pelo Campeonato Cearense, por 2 a 1, poderia ter o ritmo de um tango. Afinal, o meia argentino Lucas Mugni foi o grande maestro da partida, marcando o primeiro gol e participando ativamente do segundo. No entanto, o drama, um dos elementos característicos do ritmo musical do país vizinho, não esteve presente — muito por conta da solidez defensiva alvinegra.

 

Léo Condé mandou a campo o seguinte quarteto na formação da retaguarda: Fabiano Souza, Marllon, Ramon Menezes e Matheus Bahia. Os quatro tiveram uma atuação praticamente perfeita, anulando os principais pontos ofensivos do Fortaleza, como o trio de ataque formado por Marinho, Moisés e Lucero.

Além da defesa, dois jogadores merecem destaque: Richardson e Fernando Sobral. A dupla de volantes do Vovô dominou o meio de campo e não deu sossego para Pochettino e Pol Fernández, os atletas mais criativos do Tricolor do Pici. Com isso, a equipe adversária teve uma atuação apagada.

Esta postura dos jogadores foi exaltada pelo comandante alvinegro, Léo Condé, em entrevista coletiva após o confronto no Gigante da Boa Vista.

“Nosso time ficou concentrado o tempo inteiro, o adversário não chutou ao gol na primeira etapa. Dominamos o jogo todo. Talvez, se tivéssemos um pouco mais de capricho, poderíamos ter matado a partida”, analisou o técnico.

Foi apenas a sétima aparição alvinegra em campo, somando Cearense e Copa do Nordeste, e mesmo com uma temporada ainda no começo, o impacto do placar conquistado diante do maior rival pode ser imediato.

Primeiro de tudo que consolidou o Alvinegro de Porangabuçu como o grande protagonista dos últimos encontros entre as equipes. No recorte das dez partidas anteriores, apenas uma vez o Vovô saiu do gramado derrotado, mostrando que, independentemente de fase, técnico e jogador, o clube como um todo entendeu a responsabilidade que é jogar um Clássico-Rei.

Além disso, dá a tranquilidade necessária para Condé trabalhar. Ainda faltam peças no elenco alvinegro — Rômulo estreou no segundo tempo, Alejandro Martínez e Marcos Victor ainda não jogaram —, como o próprio admitiu em entrevista ao dizer que “faltou perna” no segundo tempo, mas o treinador já deu provas de que o torcedor alvinegro pode — e deve — confiar no planejamento que está sendo feito desde a temporada passada, quando ocorreu o retorno do Ceará à Primeira Divisão nacional.

O que você achou desse conteúdo?