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Paquetá prometeu levar cartão como "presente" ao irmão, diz delator
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Paquetá prometeu levar cartão como "presente" ao irmão, diz delator

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Lucas Paquetá, meio-campista do West Ham e da seleção brasileira, prometeu levar um cartão amarelo em partida do Campeonato Inglês contra o Aston Villa, no dia 12 de março de 2023, como forma de presentear o irmão, Matheus Tolentino, que faz aniversário nesse mesmo dia, afirmou o empresário Bruno Lopez de Moura, em delação na CPI das Apostas, instalada no Senado. O relato consta do relatório final da comissão, a que o Estadão teve acesso.

Lopez disse à CPI que "teve conhecimento prévio da manipulação" e fez uma aposta combinada em jogos de Paquetá e de Luiz Henrique, quando o ex-atacante do Botafogo ainda defendia o Bétis, da Espanha — hoje ele está no Zenit, da Rússia. O Estadão entrou em contato com o estafe do jogador, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

O empresário afirmou que seu contato, Marlon Bruno Nascimento da Silva, foi quem informou que Paquetá comunicou que receberia o amarelo. O relatório aponta que Marlon recebeu R$ 97 mil de Bruno Tolentino, tio de Lucas Paquetá, em cinco transações diferentes, e tinha a função de cooptar jogadores.

Paquetá está sendo investigado pela Associação de Futebol da Inglaterra por má conduta em quatro jogos do West Ham entre 2022 e 2023, nos quais ele teria forçado cartões para beneficiar apostadores. O jogador nega as acusações.

A CPI vai pedir o indiciamento de três pessoas: Thiago Chambó, William Pereira Rogatto, que se denominou "rei do rebaixamento" e foi preso pela Interpol em novembro, e Bruno Tolentino Coelho, que teria desembolsado R$ 30 mil a Luiz Henrique quando ele atuava no Betis para que recebesse um cartão amarelo. (Agência Estado)

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