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Resiliência: Bruno Ferreira supera dificuldades e se torna peça importante no Ceará
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Resiliência: Bruno Ferreira supera dificuldades e se torna peça importante no Ceará

Paulista e fã de Marcos, ex-arqueiro do Palmeiras, o camisa 94 do Vovô concedeu entrevista exclusiva ao Esportes O POVO e relembrou momentos marcantes no clube, além de destacar a briga pela titularidade neste ano
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Bruno Ferreira é atleta do Ceará desde 2023 (Foto: Lorena Louise/Especial para O POVO)
Foto: Lorena Louise/Especial para O POVO Bruno Ferreira é atleta do Ceará desde 2023

Há dois anos no Ceará, o goleiro Bruno Ferreira vem despontando, mais uma vez, como o titular da posição. Até o momento, já são quatro jogos consecutivos sendo escalado na onzena inicial pelo técnico Léo Condé, depois de um rodízio e disputa com os demais arqueiros do elenco.

Paulista e fã de Marcos, ex-goleiro do Palmeiras, o camisa 94 do Vovô concedeu entrevista exclusiva ao Esportes O POVO e relembrou momentos marcantes no clube, além de destacar a briga pela titularidade neste ano, que começou acirrada.

A disputa para saber quem estará debaixo das traves alvinegras, inclusive, é uma das pautas recorrentes da torcida alvinegra. Atualmente, o time tem três opções além de Bruno: o veterano Fernando Miguel, o recém contratado Keiller e Richard — que ainda se recupera de uma lesão no tendão de Aquiles e deve retornar às atividades entre março e abril.

"Desde que cheguei ao Ceará só peguei grupos bons de goleiros, e esse ano não é diferente. A gente se respeita bastante. Só um joga e, independentemente de quem esteja em campo, os outros vão torcer. Eu torço pelo Keiller, pelo Fernando (Miguel) e pelo Richard", comentou o arqueiro.

Porém, nem tudo foram flores nessas duas temporadas dele no Vovô. Hoje em boa fase e com estabilidade, o goleiro de 30 anos precisou ter resiliência em alguns momentos mais delicados vividos em Porangabuçu, como o atrito com o ex-técnico Vagner Mancini em 2023.

"Consegui fazer boas partidas na minha chegada, mas acho que faltou o que tivemos em 2024: consistência. Jogávamos um jogo bem e dois mal. O time todo sofre. A minha confusão com o Mancini também prejudicou bastante, acredito que perdi espaço ali com tudo que aconteceu, mas consegui dar a volta por cima", disse.

Após o desentendimento, Bruno amargou partidas até mesmo fora do banco de reservas e esperou por meses até ter sua grande oportunidade vestindo a camisa do Ceará. Após a lesão de Richard na reta final da Série B 2024, ele assumiu a posição de titular — sob olhares desconfiados de parte da torcida — e deu conta do recado na arrancada do clube rumo ao acesso à Série A. Todavia, um jogo ficou marcado para o camisa 94.

"O jogo do América-MG foi bem difícil para mim. Dois dias atrás eu estava no hospital, peguei uma infecção intestinal, só vomitava, não conseguia comer nada. Saí quase 3 horas da manhã do hospital, naquela semana não treinei nenhum dia. Não sabia se ia aguentar ir pro jogo. Foi até bom que não veio quase nenhum chute no gol nesse dia (risos). Mas, no aquecimento, já estava todo arrepiado com a torcida. Foi um jogo histórico que vai ficar guardado na memória para sempre", revelou ao Esportes O POVO.

Neste ano, o goleiro disputará sua primeira Série A da carreira e afirmou que todo o elenco está ciente do que será necessário para manter o clube na elite para a próxima temporada. Para além disso, internamente, o título do Campeonato Cearense também é tratado como prioridade —principalmente se for conquistado diante do rival Fortaleza. Atualmente, os dois times estão na semifinal, aguardando os rivais, que saem dos duelos de quartas de final.

"Tem que manter esse título. Ser campeão em cima do rival é melhor ainda [...] A gente sabe da importância dos clássicos, esse último jogo não tinha muita interferência na tabela, mas, para a torcida e para nós, é sempre muito bom ganhar. A gente entra com unhas e dentes", afirmou.

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