O Ferroviário divulgou por meio de nota nas redes sociais ontem que o conselho deliberativo do clube solicitou mudanças no documento final de venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do time. A assembleia que votará sobre a venda da SAF do Tubarão da Barra irá ocorrer na próxima terça-feira, 25.
Dentre os pontos levantados pelos conselheiros em relação a ajustes estão o modelo de quitação de dívidas, bem como pontos de risco como acordo de acionistas e cláusulas de reversão de ações.
Conforme citado, o conselho deliberativo do time quer que não haja exigência de recuperação judicial pelo clube, mas sim por uma das formas previstas no art. 13 da Lei 14.193/2021 (Lei das SAFs) — a critério do clube — no modelo de quitação de credores. Além disso, o grupo deseja discutir pontos no documento de Acordo de Acionistas com o objetivo de proteger o clube.
Tais pontos são as cláusulas de reversão de ações, que permitam que o time retome controle da SAF em caso de descumprimento de condições avançadas, além do compromisso de que nenhum gestor do clube preste serviço para a sociedade anônima.
Os conselheiros pontuaram ainda a necessidade da contratação de uma assessoria jurídica qualificada para orientar a etapa de negociação dos documentos definitivos após aprovação da venda pela Assembleia.
O Conselho Deliberativo do Ferroviário esteve reunido na última quinta-feira, 20, em seu segundo encontro programado antes da Assembleia da próxima terça-feira, dia 25 de fevereiro, que votará pela aprovação de venda da SAF.
Entre os pontos de discussão, os conselheiros solicitaram alguns ajustes à serem feitos nos documentos finais, bem como outros pedidos, devidamente registrados em ata e já enviados à MAKES, os quais foram muito bem recebidos:
O compromisso de que no modelo de quitação de credores não haja exigência de recuperação judicial pelo clube, mas sim por uma das formas previstas no art. 13 da Lei 14.193/2021 (Lei das SAFs), a critério do clube, e, ainda, que os demais pontos de risco serão discutidos e incluídos no documento de Acordo de Acionistas, a saber: cláusula de reversão de ações, de tal forma que permita o clube retomar o controle da SAF em caso de descumprimento das condições avençadas com regras claras; nível máximo de endividamento e prestação e acompanhamento de contas semestrais; e o compromisso de que nenhuma pessoa envolvida diretamente na gestão do clube e/ou transação prestará serviços à SAF.
Ao final da reunião, apesar de não haver consenso sobre a aceitação da proposta em sua forma atual, os presentes concordaram que a proposta, com os temas mencionados acima, deve ser levada à Assembleia já designada para 25 de fevereiro.
Foi ainda pontuado pelos conselheiros, a necessidade do clube em contratar uma assessoria jurídica qualificada para orientar na etapa de negociação dos documentos definitivos, após aprovação da venda pela Assembleia.
O português Pedro Roxo, representante da MAKES, que já havia participado do primeiro encontro do Conselho Deliberativo, esteve também neste sábado, dia 22, concedendo entrevista no Programa As Frias do Sérgio, com o jornalista Sérgio Ponte, na Rádio O POVO/CBN, tirando dúvidas e respondendo sobre a proposta e o futuro do Ferroviário SAF.