A experiência de Marcelo Melo e a energia de Rafael Matos voltaram a funcionar neste Rio Open. Os brasileiros se sagraram campeões da chave de duplas entre a noite de sábado e madrugada de domingo, ao vencerem na final os espanhóis Pedro Martínez e Jaume Munar por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 7/5. Primeiro brasileiro a ser campeão do torneio carioca, no ano passado, Matos se torna agora o primeiro bicampeão seguido do ATP 500.
Na noite seguinte, o feito foi igualado pelo argentino Sebástian Báez, que venceu o francês Alexandre Muller e se sagrou bicampeão de simples. O sul-americano derrotou o algoz do prodígio João Fonseca por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3. A partida teve duração de apenas uma hora e 26 minutos.
Assim, o Brasil foi campeão de simples em Buenos Aires, no primeiro título de Fonseca em torneio desta magnitude, ainda aos 18 anos, enquanto a Argentina levantou a taça no Rio de Janeiro.
Rafael Matos, de 29 anos, levantou o troféu com o colombiano Nicolás Barrientos em 2024. Neste ano, o título de duplas foi 100% nacional, com Melo. Trata-se da maior conquista da dupla, que joga junto desde o fim de 2023. No ano passado, eles venceram o primeiro torneio juntos, na grama de Stuttgart, competição de nível ATP 250.
Para Melo, de 41 anos, a vitória marca uma redenção no saibro do Rio Open. O veterano tentava pela terceira vez chegar ao título, após ser vice em 2023 e em 2014, com outros parceiros. O veterano chegou ao seu 39º troféu no circuito, se tornando o tenista em atividade com mais títulos nas duplas, empatando com o croata Mate Pavic — no total, o brasileiro soma 77 finais.
O resultado deixa a dupla na sexta posição do ranking da ATP, a ser atualizado oficialmente na segunda-feira, 24. Melo e Matos vinham do vice-campeonato em Buenos Aires, na Argentina, no fim de semana passado.
Já Báez não tomou conhecimento de Müller no primeiro set. O tenista argentino fez uma partida dominante e só esteve atrás de seu adversário no primeiro game. Apesar da grande fase, com título no ATP de Hong Kong em janeiro, o francês só apresentou algum perigo quando o jogo esteve em 3 a 2 para o sul-americano e acabou perdendo o set.
Na segundo set, o francês conseguiu ser mais competitivo, vencendo dois games seguidos quando Báez liderava por 2 a 1, mas, o 3 a 2 não foi suficiente para manter o bom momento na partida e o argentino venceu quatro games em sequência para se sagrar campeão.
Müller, que eliminou o "fenômeno" João Fonseca, foi algoz dos argentinos até chegar a grande final, eliminando Tomás Etcheverry, Francisco Cerundulo e Francisco Comezanda antes da decisão. Ele impediu uma semifinal com apenas tenistas do país vizinho.
O caminho de Báez até o bicampeonato também contou com alguns conterrâneos, vencendo Roman Burruchaga, Mariano Navone e Camilo Ugo Carabelli durante o torneio. Os únicos não argentinos derrotados pelo vencedor do certame foram Chun-Hsin Tseng, do Taiwan, e o próprio Alexandre Müller. (Com Agência Estado)