O caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, na Libertadores sub-20 no Paraguai, chegou a instâncias mais altas do futebol. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, publicou nota em apoio ao garoto de 18 anos. Enquanto isso, Leila Pereira teve finalmente resposta da Conmebol, que prometeu punições ao Cerro Porteño. A CBF pediu para que o clube paraguaio seja expulso da competição.
A CBF baseia o pedido no protocolo global da Fifa para casos de discriminação, que não foi cumprido pelo árbitro da partida. Na denúncia, argumenta que o futebol sul-americano carrega um histórico de impunidade em relação a atos racistas e que as sanções aplicadas são, na maioria das vezes, insignificantes para coibir novas ocorrências. A denúncia reforça que "a esmagadora maioria das vítimas advém do solo brasileiro".
A Fifa ainda não se manifestou sobre uma ação concreta para o caso, mas o presidente da entidade máxima do futebol publicou uma nota de apoio a Luighi.
"Estou profundamente indignado com o abuso racista sofrido pelo jogador Luighi. É de partir o coração ver um jovem jogador ser levado às lágrimas por um comportamento tão vergonhoso. O futebol deve ser um espaço de respeito, inclusão e união — e tudo começa com os jovens e a base", escreveu.
A denúncia da CBF também chegou ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, o qual havia ignorado as ligações de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, para falar sobre o caso, segundo a própria dirigente.
A lei paraguaia não determina racismo como crime, mas como uma infração, passível de multa. Cabe, então, somente à Justiça Desportiva agir sobre o caso. O protocolo da Fifa prevê derrota para o time associado aos atos racistas, mas o Cerro Porteño já foi superado pelos palmeirenses pelo placar de 3 a 0. (Agência Estado)