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Secretário defende portaria do Castelão, opina sobre gramado sintético e avalia biometria facial
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Secretário defende portaria do Castelão, opina sobre gramado sintético e avalia biometria facial

Rogério Pinheiro fez uma relação entre a quantidade de jogos previstos em um ano e a quantidade que o futebol cearense tem apenas no primeiro semestre
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Pinheiro comentou que chuvas dificultam a preservação do gramado (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Pinheiro comentou que chuvas dificultam a preservação do gramado

Titular da Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte), Rogério Pinheiro, falou ontem ao Esportes O POVO sobre os motivos que levaram à aplicação da portaria que define o intervalo de 66 horas entre jogos na Arena Castelão, assunto que movimentou os bastidores do futebol cearense, em especial durante as semifinais do Estadual. O secretário discorreu citando, em especial, o calendário recheado e o período chuvoso.

Pinheiro citou ainda as questões de estrutura do Gigante da Boa Vista, que dificultam a manutenção do gramado. "Com toda certeza o objetivo da portaria era garantir a qualidade do gramado para toda essa temporada de 2025. Vale lembrar que, no meio do ano, nós vamos ter o Mundial de Clubes, que começará 15 de junho e vai até 13 de julho. Isso fez com que grande parte dos jogos fossem realizados no primeiro semestre", diz.

"Nós tínhamos uma previsão de 40 jogos até o dia 15 de junho. Uma carga extremamente elevada. Isso é o ideal, na maioria dos casos, para que uma arena receba durante todo o ano. Nós vamos receber só no primeiro semestre, e, coincidentemente, é o período onde tem o maior volume de chuvas e o maior número de competições", complementa, citando a quadra chuvosa, que ocorre entre fevereiro e maio.

O gestor explicou sua preferência pelo gramado sintético, mas destacou que não é um projeto, até por entender que os jogadores preferem atuar em gramado naturais.

"Com o gramado sintético, a gente poderia, inclusive, incrementar coisas que fazia sete anos que a gente não fazia e fizemos no ano passado, que são os eventos culturais dentro da arena. Por essa carga de jogos que nós temos, o gramado sintético seria a solução definitiva, porque independeria de temperatura, chuva, os clubes poderiam treinar, poderiam fazer a questão do aquecimento, dos eventos culturais. Mas a gente vai continuar (com grama natural) e não temos nenhuma perspectiva e estudo de alteração para o sintético. É uma opinião enquanto gestor, mas a gente vai continuar trabalhando no gramado natural", pondera.

O titular defendeu a atual portaria que define a diferença de 66 horas entre os jogos no Gigante da Boa Vista, mas ressaltou que o espaço entre as partidas pode ser revisto quando as competições afunilarem, especialmente entre a Copa do Brasil e a Libertadores.

Reconhecimento facial na Arena Castelão

O sistema de reconhecimento facial começou a ser utilizado na Arena Castelão nesse sábado, 15, no primeiro Clássico-Rei da final do Campeonato Cearense. O titular da Sesporte fez uma avaliação do novo sistema, que ficou restrito aos setores premium, especial e camarotes.

“(A restrição de setores) nos deu também uma segurança de dar uma atenção mais especial ao público que acessou nos setores de camarote, premium e especial, porque voltamos toda a atenção a esses três setores, que tiveram o seu acesso exclusivamente pela biometria. No geral, foi espetacular. O controle de acesso funcionou de uma forma extremamente rápida”, analisa.

Um homem que estava com um mandado de prisão em aberto foi preso pela Polícia Militar do Ceará (PM-CE) na Arena Castelão, após ser reconhecido pelo novo sistema de câmeras do estádio, durante o primeiro jogo da final do Campeonato Cearense.

“A partir do momento que ele entrou, o nosso circuito interno de TV já começou a sinalizar que aquela pessoa tinha um mandato em aberto. A partir daí, a equipe que estava no centro do comando operacional, ficou acompanhando a movimentação dela na área interna”, comentou Rogério Pinheiro. (Colaboraram Afonso Ribeiro e Levi Lima / Especial para O POVO)

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