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Pressionado e em má fase, Fortaleza pode usar a final do Cearense para afastar crise
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Pressionado e em má fase, Fortaleza pode usar a final do Cearense para afastar crise

Em momento conturbado, marcado por péssimas atuações e resultados adversos, o Leão chega para a decisão do Estadual repleto de desconfiança, mas com a chance de mudar o cenário
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Vojvoda levou o Fortaleza a superar momentos adversos nas temporadas passadas (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Vojvoda levou o Fortaleza a superar momentos adversos nas temporadas passadas

O futebol é dinâmico e tudo muda muito rápido. Uma vitória em clássico pode ser o ponto de virada para um clube afastar uma crise e retomar a confiança. Mas as situações hipotéticas ficam apenas no imaginário, sobretudo do torcedor do Fortaleza. O cenário atual, na véspera da decisão do Campeonato Cearense, é um só: o Leão vive péssima fase, marcada por atuações e resultados ruins.

Não há outro caminho para reverter esse contexto a não ser transformar o imaginado em realidade. Ou seja, vencer e, se possível, convencer. Mas triunfar, neste momento, é o mais importante. O “Fortaleza hipotético” da torcida tricolor em 2025, que gerou altas expectativas por todo o contexto envolvido, de maior orçamento da história do clube, contratações de nomes relevantes e campanha histórica na Série A no ano passado, não se provou ainda em campo.

Longe disso. O início de temporada do Fortaleza tem sido, até agora, decepcionante – e isso passa por muitas frentes. A primeira delas é, claro, a bola jogada. Mesmo com a base do time de 2024 e com o incremento de alguns reforços pontuais, o time comandado por Juan Pablo Vojvoda demonstra estar totalmente desconexo. O meio-campo é facilmente anulado, a defesa é frágil e o sistema ofensivo é inoperante.

Para além das questões táticas e de desempenho individual, há também uma postura fria nas partidas. Nos jogos em que foi derrotado, o Leão se portou de forma passiva, facilmente dominado ou anulado. E não somente contra equipes com nível competitivo alto, como o rival Ceará e o Vitória, ambos times de Série A, mas também diante de clubes com disparidade enorme, como o Altos-PI e o Sousa-PB.

A derrota para o Dino, inclusive, foi vexatória. O clube paraibano, com time alternativo visando a final do Estadual, não teve qualquer dificuldade para superar o também mesclado Fortaleza. O resultado não só escancarou o mau momento do clube cearense, como aumentou a pressão e potencializou a crise interna que vem se formando no Pici. Consequentemente, as questões em campo afetam a conexão time-torcida, elo fundamental no futebol.

São cinco derrotas nos últimos oito jogos. Sob o comando de Vojvoda, o Tricolor já tinha amargado sequências ruins em outras temporadas. No ano passado, por exemplo, ficou sete partidas sem vencer, sendo seis empates e uma derrota, entre Copa do Brasil, Série A e Sul-Americana. Já em 2022, foram dez confrontos consecutivos de tropeços, com seis reveses e quatro igualdades. Em todas, conseguiu se reerguer.

O Clássico-Rei de amanhã é o palco ideal para um recomeço. A missão é difícil, já que o Leão precisa reverter a derrota sofrida para o Ceará no jogo de ida, por 1 a 0, e isso passa por outros elementos, já citados: tático, individual e emocional.

“O emocional, em toda derrota, pega forte em um time como o Fortaleza, mas somos um grupo que é forte, que temos passado por momentos difíceis e este é um momento difícil que temos que superar. É uma final [...] Uma final é uma final, é uma partida totalmente diferente da que aconteceu hoje", disse Vojvoda após o revés para o Sousa, na quarta-feira passada, no interior da Paraíba.

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