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Condé e Vojvoda traçam estratégias para final do Cearense 2025
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Condé e Vojvoda traçam estratégias para final do Cearense 2025

Duas principais forças do Estado, Ceará e Fortaleza se enfrentarão neste sábado, 22, para decidir quem ficará com o título do Campeonato Cearense
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Léo Condé, do Ceará, e Vojvoda, do Fortaleza, preparam times para final do Campeonato Cearense (Foto: Aurélio Alves/O POVO e Lucas Emanuel/FCF)
Foto: Aurélio Alves/O POVO e Lucas Emanuel/FCF Léo Condé, do Ceará, e Vojvoda, do Fortaleza, preparam times para final do Campeonato Cearense

O segundo e decisivo jogo da final do Campeonato Cearense 2025 será disputado neste sábado, 22. Rivais históricos, Ceará e Fortaleza entrarão em campo às 16h30min (horário de Brasília) para decidir quem será o campeão do certame deste ano e, consequentemente, o líder no ranking de títulos no Estado.

Diante de um duelo tão importante em termos de hegemonia, todo detalhe será essencial para determinar o vencedor. Cientes disso, os técnicos Léo Condé e Juan Pablo Vojvoda, que estão à frente de Vovô e Leão, respectivamente, traçam suas estratégias para tentar superar o arquirrival dentro das quatro linhas.

Atual campeão da competição, o Ceará chega ao confronto final tendo uma vantagem construída na partida de ida, quando venceu por 1 a 0. No embate, o Alvinegro de Porangabuçu optou por ter uma postura conservadora e jogou no erro do adversário. 

Por sinal, nas duas vezes em que enfrentou o Tricolor do Pici em 2025, o time de Léo Condé adotou comportamentos semelhantes e comemorou no apito final. Com uma clara estratégia de fechar as linhas de forma compacta e não ceder espaço "nas costas" dos laterais, o Vovô forçou o rival a ficar balançando o jogo de um lado para o outro para poder achar uma brecha — que raras vezes foi encontrada.

Na fase defensiva, o esquema 4-4-2 é facilmente perceptível. No desenho, apenas Mugni e Pedro Raul ficam mais adiantados, mas, mesmo com tal posicionamento, ainda pressionam os zagueiros ou volantes tricolores a fim de pressionar a saída de bola.

Já no momento ofensivo, a equipe foca em construir jogadas pelos lados do gramado, tendo auxílio de jogadores com criação apurada, como Mugni e Lourenço, para realizar triangulações. É clara também a estratégia de ter Matheus Bahia com bastante espaço para explorar a profundidade pelo lado esquerdo, enquanto Fabiano se torna um lateral mais construtor pelo corredor central. 

Por outro lado, apesar de ter mais qualidade técnica e investimento financeiro, o Fortaleza pouco vem criando perigo ao seu maior rival nos confrontos até o momento. No primeiro Clássico-Rei da final, o Leão até teve maior posse da bola, mas encontrou um Alvinegro encaixado e seguro no setor defensivo.

Com isso, Vojvoda terá de pensar em alternativas para furar a retaguarda adversária, principalmente por ter a obrigatoriedade de vencer. Um caminho pode ser por meio de bolas longas com seus zagueiros, principalmente David Luiz, Gastón Ávila e Brítez, que têm tal característica. Neste recorte, o lado mais interessante seria o direito ofensivo, onde Matheus Bahia, do Ceará, costuma avançar com frequência, deixando um espaço maior na defesa.

Outra opção é ter um time que force a amplitude para abrir a marcação alvinegra. Nomes como Bruno Pacheco, Pikachu e Moisés, portanto, podem ser interessantes caso Vojvoda opte por tal estratégia. Para além disso, os meio-campistas também precisarão jogar de forma mais vertical — diferentemente do primeiro jogo da final — para tentar achar os atacantes entre as linhas ou em condições de finalizar. 

De toda forma, o Tricolor terá de mostrar maior repertório tático se quiser buscar uma vitória diante do maior rival. Nos embates recentes, tal característica, tão marcante na "Era Vojvoda", ficou ausente.

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