O piloto australiano Oscar Piastri, da McLaren, venceu ontem o Grande Prêmio da China de Fórmula 1, após largar na pole position, com uma dobradinha em que superou seu companheiro de equipe, o britânico Lando Norris, que ficou em segundo lugar.
O também britânico George Russell, da Mercedes, terminou em terceiro lugar, e o campeão mundial Max Verstappen alcançou a quarta posição após uma emocionante ultrapassagem sobre o monegasco Charles Leclerc. Este último, e seu companheiro de equipe na Ferrari, Lewis Hamilton, foram desclassificados no final da corrida.
"Foi um fim de semana incrível, o carro teve um desempenho muito bom", comemorou o vencedor no final da corrida diante das arquibancadas lotadas de torcedores.
Depois de largar na primeira posição do grid, Piastri foi imparável ao conquistar sua terceira vitória na categoria mais alta do automobilismo na China. Num circuito que deteriora pneus como poucos, as McLarens começaram como favoritas.
"O pneu duro foi muito melhor do que todos esperavam, por isso chegar ao fim foi uma pequena surpresa, mas uma surpresa feliz", disse Piastri, aprovando a estratégia da sua equipe de fazer uma parada.
"Oscar pilotou bem, ele mereceu a vitória", disse Norris, que venceu no fim de semana passado, na Austrália, no primeiro Grande Prêmio da temporada. "Estou feliz com este segundo lugar, são bons pontos para mim e excelentes pontos para a equipe com uma dobradinha".
Não foi o dia de Verstappen, que, apesar do quarto lugar, não chegou a se envolver na luta pelo pódio. "Mad Max", que reclamou, durante todo o fim de semana, da falta de ritmo do seu carro da Red Bull, pareceu recuperar velocidade na segunda metade da corrida.
“A primeira metade da corrida foi bastante dura, mas tentamos definir o nosso ritmo", explicou o tetracampeão mundial.
Inicialmente 5º e 6º na linha de chegada, respectivamente, Charles Leclerc e Lewis Hamilton acabaram sendo desclassificados. O primeiro porque seu carro estava abaixo do mínimo permitido (800 quilos), e o segundo porque o piso de seu veículo não atendia às normas de espessura. Ambos perderam assim os pontos que haviam conquistado.
"Não era nossa intenção obter vantagem. Vamos tirar lições do que aconteceu hoje (ontem, domingo) e garantir que não cometeremos os mesmos erros novamente", reagiu a Ferrari.
O francês Pierre Gasly (Alpine), que cruzou a linha de chegada em 11º, também foi desclassificado. Seu compatriota Esteban Ocon terminou em 5º e somou seus primeiros pontos no campeonato pela Haas, para a qual se transferiu no início da temporada.
Desta forma, o canadense Lance Stroll (Aston Martin) e o espanhol Carlos Sainz (Williams) entraram na zona de pontuação, na nona e décima posições, respectivamente.
Fernando Alonso, da Aston Martin, abandonou a corrida logo na quinta volta após enfrentar um problema de superaquecimento no sistema de freios.
O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, terminou a prova em 14º.
Na classificação do Mundial de pilotos, Norris soma agora 44 pontos, oito a mais que Verstappen, que permanece em segundo, com 36. O piloto da Red Bull é seguido de perto por Russell e Piastri.
Nesta segunda prova da temporada, os pilotos do grid fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Eddie Jordan, ex-dono da equipe, falecido na quinta-feira aos 76 anos.
Eddie Jordan foi o criador da equipe Jordan da F1 em 1991 e teve entre seus primeiros pilotos o jovem Michael Schumacher, que se tornaria uma lenda do esporte. A equipe participou de 250 Grandes Prêmios, até sua venda no final de 2005.
Neste fim de semana, a Aston Martin, equipe de Fernando Alonso e sucessora da Jordan, exibiu o nome de Eddie Jordan em seus carros junto com o desenho de um trevo de três folhas em homenagem à sua nacionalidade irlandesa.
A terceira etapa da temporada está marcada para o início de abril, com o GP do Japão.