A derrota por 2 a 1 para o Juventude-RS, no último sábado, 12, pela terceira rodada da Série A, foi apenas o terceiro revés do Ceará na temporada 2025. O tropeço no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS), contrasta com a força que o Vovô tem dentro de casa e, ainda por cima, teve a repetição do roteiro de vacilos que custaram pontos importantes na competição nacional.
Em Fortaleza, o Alvinegro não perde desde agosto de 2024 e soma 23 jogos de invencibilidade. Os únicos três resultados negativos neste ano foram longe do território cearense, contra Náutico (1 a 0, pela Copa do Nordeste), Bahia (3 a 2, também pelo Nordestão) e, agora, Juventude. No entanto, nos compromissos mais recentes como visitante, o time de Léo Condé cometeu erros que comprometeram o placar.
O primeiro foi diante do Bahia, na Fonte Nova, em Salvador (BA). Os dois times foram a campo com formações alternativas depois da conquista dos respectivos títulos estaduais, mas o Ceará viu os donos da casa abrirem 3 a 0 e só depois correu atrás do prejuízo, sem conseguir evitar a derrota.
Na estreia do Brasileirão, em Bragança Paulista (SP), o Vovô foi quem largou em vantagem e fez 2 a 0 sobre o RB Bragantino com menos de 30 minutos de jogo. O Massa Bruta descontou nos acréscimos do primeiro tempo e alcançou o empate no período extra da segunda etapa. O ponto conquistado foi valorizado pela dificuldade de atuar no Nabi Abi Chedid — o Botafogo, por exemplo, foi derrotado lá, no sábado, 12 —, mas lamentado pela circunstâncias do confronto.
A vitória sobre o Grêmio na rodada seguinte, no Castelão, também deixou o cenário geral mais favorável. E o time de Porangabuçu poderia ter mantido o embalo com um bom resultado no Sul, se tivesse resistido à pressão do Juventude. O Ceará saiu na frente, viu o Jaconero empatar na reta final do primeiro tempo e decretar a virada na etapa complementar, fazendo valer o mando de campo.
É justo ponderar o peso dos desfalques que Léo Condé teve, tanto para definir a formação inicial quanto para mexer na equipe no decorrer do jogo: Pedro Henrique e Richardson já estavam sob os cuidados do departamento médico, Fernandinho precisou passar por cirurgia no ombro depois da partida contra o Grêmio e, por último, Mugni, Matheus Bahia e Nicolas viraram baixas.
A lateral esquerda foi assumida pelo zagueiro Willian Machado, que teve atuação segura; Matheus Araújo assumiu o setor de criação e deu assistência para Aylon marcar belo gol; e o camisa 11 e Galeano atuaram nas pontas. Os "apagões" do sistema defensivo possibilitaram que Mandaca e Matheus Babi balançassem as redes para o Alviverde, que deve brigar em uma faixa de classificação da Série A semelhante à do Ceará, o que aumenta o peso do resultado.
“O contexto acaba, de uma certa forma, atrapalhando um pouco, mas não serve de desculpa. O campeonato é difícil, é sempre difícil jogar contra o Juventude aqui no (Alfredo) Jaconi também. Não é só o Ceará que vai ter dificuldade, qualquer equipe que vier jogar aqui vai ter dificuldade”, avaliou o treinador alvinegro.