O Fortaleza carimbou a sua primeira ida à Colômbia com um empate. Em um jogo que começou ontem e varou a madrugada de hoje, o Leão saiu na frente, mas amargou o 1 a 1 após o Bucaramanga igualar o placar em cobrança de pênalti, no fim do segundo tempo. Dessa forma, o Tricolor segue sem vencer na Libertadores e se mantém na lanterna do Grupo E.
A postura do time cearense, sobretudo nos 20 minutos iniciais do jogo, foi bem positiva. O escrete do Pici conseguiu reproduzir aspectos importantes do que já demonstrou em outros momentos sob o comando do técnico Vojvoda, mas que não vinham acontecendo com frequência neste ano: intensidade com e sem a posse, marcação-pressão em bloco alto e velocidade nas articulações no último terço.
Esse ritmo surpreendeu os donos da casa. Não à toa, foram vários os erros forçados cometidos pelo Auriverde neste recorte do jogo — e, em consequência, boas chegadas do Fortaleza no ataque. Em um dos lances, aos 16 minutos, Deyverson sofreu falta dentro da área, e a penalidade foi assinalada após o árbitro revisar o VAR.
O próprio atacante pegou a bola para si e fez a cobrança. Na batida, pegou mal e viu o goleiro Quintana defender. O camisa 18, entretanto, recebeu uma segunda chance, já que o rebote caiu, novamente, no seu pé. Com o gol escancarado, apenas empurrou para os fundos das redes: o segundo tento dele pelo Fortaleza e o primeiro da história do time em solo colombiano.
A partir disso, a partida ficou truncada, com muitas disputas físicas e pouco futebol jogado. Ambos os times pecaram pelo excesso de erros nos passes, o que dificultou a criação de qualquer lance que arrancasse um suspiro dos torcedores presentes — os cearenses, como de costume em jogos fora do país, marcaram presença na arquibancada do Américo Montanini. Mérito para o Leão, que controlou as ações e foi para o vestiário com a vitória parcial.
No retorno para o segundo tempo, o sistema defensivo do Fortaleza se manteve soberano. Linhas compactas e o bom encaixe de marcação da equipe do Pici geraram uma enorme dificuldade ao Bucaramanga no processo de criar jogadas ofensivas. As tentativas, em sua maioria, limitaram-se a cruzamentos ineficientes em direção à grande área do Leão.
Com o decorrer dos minutos, enquanto o Auriverde se lançava ao ataque, a dinâmica do duelo ficou bem favorável ao Fortaleza. Afinal, o Leopardo passou a ceder diversos espaços em sua defesa, algo que o Leão explorou nos contra-ataques. Por duas vezes, Pikachu esteve cara a cara com Quintana, mas desperdiçou — uma das finalizações acertou a trave.
A punição pelas chances perdidas veio no fim. Já aos 40 minutos, Mancuso cometeu pênalti em Gutiérrez, de forma bem semelhante àquela que Deyverson sofreu. A cobrança batida por Pons ainda contou com requinte de crueldade: a bola bateu no travessão, quicou no chão e saiu. No primeiro momento, euforia tricolor. Logo depois, o VAR confirmou que a pelota ultrapassou a linha e validou o gol.
Bucaramanga-COL
4-4-2: Quintana; Gutiérrez, Romaña, Henao e Hinestroza; Fabry, Leonardo Flores (Diego Chávez), Andres Felipe (Jhon Vásquez) e Londoño; Castañeda (Cárdenas) e Pons. Téc: Leonel Álvarez
Fortaleza
3-5-2: João Ricardo; Tinga, David Luiz (Kuscevic) e Gustavo Mancha; Mancuso, Zé Welison, Pol Fernández (Sasha), Calebe (Borrero) e Diogo Barbosa (Pikachu); Allanzinho (Breno Lopes) e Deyverson (Lucero). Téc: Vojvoda
Local: Américo Montanini, em Bucaramanga (COL)
Data: 23/4/2024
Árbitro: Kevin Ortega-PER
Assistentes: Jesus Sanchez-PER e Enrique Pinto-PER
VAR: Diego Haro-PER
Gols: 18min/1ºT - Deyverson (FOR); 41min/2ºT - Pons (BUC)
Cartões amarelos: Gustavo Mancha, Zé Welison e Diogo Barbosa (Fortaleza)