O Fortaleza rapidamente precisou virar a chave após o empate em 0 a 0 diante do Sport, tendo em vista que a equipe já volta a atuar amanhã, 29, pela Copa do Brasil. O foco no certame nacional não impediu o time, no entanto, de fora dos gramados repercutir e se posicionar sobre a anulação do gol marcado por Yago Pikachu diante dos pernambucanos.
O clube anunciou em nota que fará uma representação formal à CBF hoje, 28, referente à atuação da arbitragem no empate com o Sport. A reclamação, feita também por meio do CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz, é focada na alegação do árbitro e da cabine do VAR da partida, que foram os responsáveis pela anulação do tento tricolor por avaliar como inconclusivo em meio às imagens disponíveis.
No comunicado, o Leão do Pici ressaltou que, apesar de entender as falhas que podem ocorrer em um jogo de futebol, a tecnologia do VAR deveria ser utilizada para que situações fossem esclarecidas.
"Não podemos aceitar a interpretação errônea de um lance claro que daria vantagem ao Fortaleza em um jogo muito importante e em um momento crucial para a equipe", acentuou o clube, que também destacou ter sido prejudicado.
Tais reclamações foram reforçadas após a divulgação do áudio em que esclarece a conversa de oito minutos entre os envolvidos no lance: o árbitro Matheus Candançan, o árbitro de vídeo Rodolpho Toski e os auxiliares de cabine Herman Brumel e Vinicius Gonçalves.
No vídeo publicado pela CBF, é possível verificar que há discordância na cabine do VAR desde o início sobre a validação do gol. Os assistentes Herman Brumel e Vinicius Gonçalves acreditam em gol legal pelas diferentes imagens de captação do lance.
O chefe do VAR na partida, Rodolpho Toski, explica mais de uma vez que não consegue "ter 100% de clareza" sobre o lance, e é quando ativa a participação do árbitro Matheus Candançan na decisão.
O homem do apito em campo também vê o lance como inconclusivo, o que o leva a anular o tento tricolor. Foram oito minutos entre o lance de gol e a decisão de anulação entre os responsáveis pela arbitragem.
Antes da publicação do áudio do VAR, o clube já havia se posicionado nas redes sociais. Além de publicar imagens dos jogadores fazendo a reconstituição do lance e da reclamação de Tinga logo após o jogo, o CEO Marcelo Paz também mostrou indignação.
"Todo mundo viu que foi gol. Nosso vestiário está indignado. A gente trabalha pra caramba, até pra sair desse momento. A vitória seria importantíssima. Jogamos pra isso, fizemos o gol, mas quem tinha que ver não viu. E como é que pode, uma câmera inconclusiva?", questionou o gestor.
Com um único ponto somado após o empate, o Fortaleza chegou aos seis pontos após seis rodadas da Série A, com uma vitória, três empates e duas derrotas.