É fato que o resultado diante do Palmeiras não foi o esperado pelo Ceará no primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil. Afinal, vencer por dois ou mais gols de diferença no Allianz Parque, em São Paulo, é uma missão complicada. Todavia, mesmo com o revés, é importante destacar a boa postura da equipe alvinegra ante um dos melhores elencos do País.
No confronto, Léo Condé manteve a base do time titular e o estilo de jogo seguiu aquilo que vem sendo apresentado: conservador, porém ciente das suas ações ofensivas.
No primeiro tempo, o Vovô chegou a criar boas chances, principalmente com Pedro Henrique, mas acabou pecando, novamente, na hora de definir as jogadas. Por outro lado, o Verdão, que é experiente em partidas assim — sobretudo na vitoriosa Era Abel Ferreira —, foi fatal ao marcar o único gol do duelo com o zagueiro Gustavo Gómez, em bola parada.
Em desvantagem, o time cearense se reorganizou mentalmente e taticamente para tentar buscar o empate. Na segunda etapa, o cenário do duelo ficou bastante nítido. De um lado, um Ceará com a posse da bola e empurrando o Palmeiras para trás. Do outro, um adversário que se fechava a todo custo para segurar o resultado importante fora de casa.
"Nossa proposta é, sempre que possível, principalmente em casa, fazer um jogo impositivo. Fizemos um primeiro tempo parelho, criamos três chances. No começo do segundo tempo, nós tomamos conta do jogo, pressionamos. Lamentamos o placar, mas se continuarmos realizando esse trabalho, vamos conseguir coisas boas. Jogamos de igual pra igual com uma das principais equipes do Brasil", analisou Léo Condé após o confronto.
A postura alvinegra, inclusive, foi destacada por Abel Ferreira, técnico do time paulista. Em declaração durante entrevista coletiva no Castelão, o português ressaltou a imposição do Vovô e comentou sobre a dificuldade de atuar em solo cearense.
"O adversário encostou-nos atrás, houve ali um ou outro período na segunda parte que conseguimos ter bola. É sempre um sofrimento vir jogar aqui por isso tudo: adversário, viagem, clima. Eu não vou falar do gramado porque ele é igual para os dois. [...] Tu tem que lidar com o adversário, que não perdia em casa desde agosto do ano ano passado, foi campeão cearense. Além disso, tivemos apenas dois dias de preparação, e o Ceará teve três. Vocês viram, não só nós, mas o nosso adversário, que é daqui, chegou ao final do jogo sofrido porque lutou", comentou.
A luta do Ceará comentada pelo comandante adversário poderia ter sido coroada se "caprichasse" um pouco mais no último terço. Situações assim, por sinal, já ocorreram em outros jogos. Portanto, para elevar seu nível de competitividade contra equipes mais qualificadas, o Alvinegro precisará se atentar aos detalhes na hora de marcar, que garantirão não só competir, mas definir duelos.