O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, virou alvo de inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJD), nesta quarta-feira, 7, após requerimento feito por Luís Otávio Veríssimo Teixeira, presidente da órgão. O objetivo é apurar a suspeita de que o jogador flamenguista, que nega envolvimento no caso, teria manipulado resultados em esquema de apostas.
Dados apurados pela Coordenação de Repressão à Corrupção da Polícia Federal foram compartilhadas com o tribunal desportivo.
O lance que tornou o jogador suspeito aconteceu em uma partida do Brasileirão de 2023, contra o Santos, em que ele recebeu cartão amarelo aos 50 minutos do segundo tempo. Como resultado do suposto esquema, parentes do atacante rubro-negro teriam conseguido realizar apostas com alta margem de retorno financeiro.
O irmão de Bruno Henrique, Wander, apostou R$ 380,86 e recebeu R$ 1.180,67. A cunhada do jogador e uma prima do atleta também apostaram.
A PF analisou 3.989 conversas no WhatsApp do flamenguista. Muitas delas estavam apagadas, o que indica, para a PF, que o jogador deletou parte dos registros. No celular do irmão do jogador, que também foi apreendido, foram flagrados diálogos que mostram o envolvimento de Bruno Henrique. Além dos dois, a PF indiciou Ludymilla Araujo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima) pelo caso.
A defesa nega o envolvimento do jogador, critica a divulgação de mensagens e diz que ele defende "mais restrições" a apostas esportivas. (Agência Estado)