Em meio ao anúncio de Carlo Ancelotti como novo técnico da seleção brasileira, Ednaldo Rodrigues se tornou alvo de três denúncias na Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Os pedidos de investigação incluem o afastamento imediato do presidente e de parte da diretoria. A reportagem entrou em contato com a CBF, mas ainda não houve manifestação sobre o caso.
Uma das denúncias atende a solicitação do vereador Marcos Dias (Podemos), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele se baseou em reportagens da revista Piauí e do portal Leo Dias, além de denúncias anônimas, para formalizar o caso junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
O vereador alega que recebeu relatos de funcionários da CBF envolvendo casos de assédio e o descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2021 com o MPT, que previa medidas para coibir práticas abusivas na entidade.
A segunda denúncia foi aberta a partir do pedido da deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) requerendo o afastamento imediato de Ednaldo. A parlamentar anexou laudos de uma perícia que questiona a autenticidade da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, mais conhecido Coronel Nunes, no acordo que manteve Ednaldo no poder, além de laudo médico apontando incapacidade cognitiva do ex-vice-presidente da CBF na época do acordo.
Uma terceira denúncia na Comissão de Ética da CBF foi protocolada pelo deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN). O parlamentar argumenta que Ednaldo usou indevidamente recursos da CBF ao custear viagens, hospedagem de luxo e despesas diversas de parentes distantes de presidentes de federações estaduais, que houve gestão temerária ao fazer cortes em áreas estratégias, como na qualificação de árbitros, conflito de interesses e vantagem indevida em relação aos supostos benefícios financeiros a Ricardo Lima, presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), e falta de transparência na explicação sobre beneficiários de pagamentos da entidade.