Logo O POVO+
Por que dilatamosa pupila?
ETC

Por que dilatamosa pupila?

Entenda o que é a midríase e sua função na visão. A dilatação possibilita a precisão de exames e prevenção de doenças
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Exame oftalmológico  (Foto: Adobe Stock/Gerado via IA )
Foto: Adobe Stock/Gerado via IA Exame oftalmológico

Ardência, visão embaçada e forte sensibilidade em ambientes claros. A maioria das pessoas já precisou passar por experiências parecidas ao visitar uma clínica oftalmológica para o exame que determina o óculos de grau ou para realizar um mapeamento mais profundo dos olhos.

A midríase, conhecida como dilatação da pupila, é um procedimento comum e seguro que garante a precisão desses exames, apesar de ser considerado bastante incômodo por muita gente.

LEIA MAIS | Entenda os diferentes tipos de problemas de visão

A pupila é a porta de entrada da imagem nos olhos. Na anatomia, ela é a abertura escura localizada na parte central da área colorida dos olhos, chamada íris. Por meio dela é controlada a entrada de raios luminosos conforme a necessidade.

Ou seja, em ambientes com bastante luz, a pupila se contrai bastante e fica pequena para receber menos luminosidade, já em lugares mais escuros, ela aumenta de tamanho para captar melhor a iluminação disponível. Dessa forma, é possível distinguir o ambiente mesmo em ambientes escuros.

Exame oftalmológico, pupila dilatada (Foto: Adobe Stock)
Foto: Adobe Stock Exame oftalmológico, pupila dilatada

Dilatar a pupila para quê?

O aumento de tamanho também possui outras funções, principalmente para a oftalmologia, que induz artificialmente a dilatação para permitir a precisão em exames específicos, via colírios. Assim como explica o Dr. Aécio Dias, oftalmologista e diretor do Instituto da Visão do Ceará.

“A pupila tem um músculo chamado esfíncter, localizado na íris. Ao ser paralisado pelo colírio, a gente consegue visualizar a retina, o nervo ótico e a periferia da retina. Por exemplo, para conferir se há alteração de retinopatia diabética em um paciente é preciso o acesso ao colo posterior do olho, que você tem dilatando a pupila”, descreve.

LEIA MAIS | 4 problemas de visão que exigem o uso de óculos

E é daí que surge a sensação de ardência. Os conservantes e reagentes químicos deste medicamento provocam a imobilização do mecanismo natural da pupila. O efeito costuma durar entre duas e seis horas, com a aplicação do colírio em doses fracionadas por cerca de vinte minutos antes do exame.

Mas, ao contrário do que se pensa, os colírios e o procedimento de dilatação da pupila não proporcionam nenhum tipo de risco à saúde da visão.

“Até recém-nascidos fazem esse procedimento. Você pode dilatar várias vezes se precisar, não faz mal algum e não deixa sequela. O medicamento dura cerca de duas ou três horas, depois volta tudo ao normal”, afirma Dr. Aécio.

Os procedimentos oftalmológicos lidam diretamente com um dos órgãos mais sensíveis do corpo, assim, o processo delicado de dilatação é uma ferramenta essencial para o diagnóstico e mapeamento de condições oculares.

Entenda quais são os procedimentos mais recorrentes que envolvem a pupila

  • Exame refrativo (medição de grau /exame das letrinhas)

Sintomas sutis como dificuldade de ler, distinguir objetos e dores de cabeça podem aparecer muito cedo na vida de muitas pessoas e caracterizam alguns dos problemas visuais mais comuns do mundo: a miopia e o astigmatismo.

Exame oftalmológico (Foto: Adobe Stock)
Foto: Adobe Stock Exame oftalmológico

No teste das letrinhas na parede, o oftalmologista detecta o nível de dificuldade visual do paciente e indica o uso de óculos de grau ou lentes de contato para corrigir essa limitação.

O problema atinge pessoas de todas as idades e a dilatação da pupila auxilia na precisão da medição do grau. Geralmente, a dilatação da pupila para este exame é feita em pessoas mais jovens e fica a critério do especialista responsável.

  • Exame do fundo do olho

O mapeamento de retina ou exame do fundo do olho é um recurso médico essencial para a investigação mais profunda da anatomia ocular. Geralmente se observa a região central e periférica da retina, o nervo óptico, o vítreo e os vasos sanguíneos. Algumas doenças que podem ser detectadas através do exame são:

- Glaucoma
- Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
- Retinopatia diabética
- Catarata

É preciso dilatar sempre?

A necessidade de dilatação depende da situação do paciente, inclusive da idade. O mecanismo chamado reflexo de acomodação define a capacidade de foco da visão de uma pessoa, para visualizar objetos mais próximos ou distantes, assim como uma filmadora.

Quando jovem, a acomodação é mais precisa, o que fortalece a musculatura do olho e demanda a paralisação da pupila para o exame de medição de grau.

Exame oftalmológico (Foto: Adobe Stock)
Foto: Adobe Stock Exame oftalmológico

Já pessoas mais velhas, desenvolvem naturalmente a presbiopia, conhecida como “vista cansada” elas perdem a capacidade de acomodação de maneira natural devido ao envelhecimento, descartando a dilatação neste caso.

“Comecei a usar óculos com 13 anos, depois que eu não conseguia copiar da lousa na escola. Estava com miopia e astigmatismo. Por volta dos 30 ou 35 anos que não precisou mais dilatar a pupila para saber o grau”, comenta Célio Barbosa, de 51 anos, que realiza anualmente a troca dos óculos.

Entretanto, a dilatação é obrigatória para a realização de outros procedimentos médicos mais profundos como o mapeamento anual da retina e investigação de possíveis doenças.

LEIA MAIS | Cuidados com a visão são necessários para frear avanço da miopia entre crianças

Curiosidades sobre a pupila

“Você faz minha pupila dilatar…”

A emoção de ver alguém amado agita não somente o coração, mas também o cérebro! Olhar alguém que lhe é querido pode provocar a liberação de hormônios como dopamina e adrenalina que ativam o sistema nervoso e faz a pupila dilatar por um período curto de tempo. Os olhos podem mesmo ser a “janela da alma”.

Sinal de alerta

Apesar da naturalidade fisiológica da dilatação da pupila, um paciente pode apresentar sintomas de possíveis doenças através dessa alteração. Alguns testes neurológicos utilizam do reflexo fotomotor de fechamento da pupila com a incidência de luz para detectar lesões cranianas e doenças oculares.

No caso de um paciente com glaucoma, o nervo óptico atrofia, o que afeta a capacidade normal dos músculos da pupila, sendo um dos sintomas a serem observados pelo médico no exame do fundo do olho.

Alguns medicamentos como antidepressivos, anticonvulsivos e antialérgicos também podem causar um efeito parassimpático, um mecanismo do sistema nervoso que reduz as atividades do corpo humano, que dilata a pupila.

Procedimentos mais recorrentes que envolvem a pupila

Exame refrativo (medição de grau /exame das letrinhas)

Sintomas sutis como dificuldade de ler, distinguir objetos e dores de cabeça podem aparecer muito cedo na vida de muitas pessoas e caracterizam alguns dos problemas visuais mais comuns do mundo: a miopia e o astigmatismo.

No teste das letrinhas na parede, o oftalmologista detecta o nível de dificuldade visual do paciente e indica o uso de óculos de grau ou lentes de contato para corrigir essa limitação.

O problema atinge pessoas de todas as idades e a dilatação da pupila auxilia na precisão da medição do grau. Geralmente, a dilatação da pupila para este exame é feita em pessoas mais jovens e fica a critério do especialista responsável.

Exame do fundo do olho

O mapeamento de retina ou exame do fundo do olho é um recurso médico essencial para a investigação mais profunda da anatomia ocular. Geralmente se observa a região central e periférica da retina, o nervo óptico, o vítreo e os vasos sanguíneos. Algumas doenças que podem ser detectadas através do exame são:

> Glaucoma

> Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

> Retinopatia diabética

> Catarata

Curiosidades sobre a pupila

"Você faz minha pupila dilatar…"

A emoção de ver alguém amado agita não somente o coração, mas também o cérebro! Olhar alguém que lhe é querido pode provocar a liberação de hormônios como dopamina e adrenalina que ativam o sistema nervoso e faz a pupila dilatar por um período curto de tempo. Os olhos podem mesmo ser a "janela da alma".

Sinal de alerta

Apesar da naturalidade fisiológica da dilatação da pupila, um paciente pode apresentar sintomas de possíveis doenças através dessa alteração. Alguns testes neurológicos utilizam do reflexo fotomotor de fechamento da pupila com a incidência de luz para detectar lesões cranianas e doenças oculares.

No caso de um paciente com glaucoma, o nervo óptico atrofia, o que afeta a capacidade normal dos músculos da pupila, sendo um dos sintomas a serem observados pelo médico no exame do fundo do olho.

Alguns medicamentos como antidepressivos, anticonvulsivos e antialérgicos também podem causar um efeito parassimpático, um mecanismo do sistema nervoso que reduz as atividades do corpo humano, que dilata a pupila.

O que você achou desse conteúdo?