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Embaixadora dos EUA se reúne com ativista cearense Maria da Penha
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Embaixadora dos EUA se reúne com ativista cearense Maria da Penha

Reforçando relações com o Brasil, Elizabeth Frawley Bagley terá agenda de eventos sobre empoderamento feminino
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ELIZABETH Frawley Bagley terá reunião com a cearense Maria da Penha (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE ELIZABETH Frawley Bagley terá reunião com a cearense Maria da Penha

Embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, a advogada Elizabeth Frawley Bagley desembarcou ontem, 4, em Fortaleza para uma série de eventos de fortalecimento das relações entre os dois países. Na agenda, estão sobretudo ações de empoderamento feminino e de combate à violência de gênero, inclusive com uma reunião entre a embaixadora e a ativista cearense Maria da Penha.

Marcado para hoje, o encontro deve contar com o anúncio de uma parceria entre o Consulado Geral dos EUA no Recife e o Instituto Maria da Penha, em projeto que irá financiar a instalação de "prateleiras" em oito estados do Nordeste - inclusive no Ceará e em Pernambuco - com livros sobre direitos femininos e igualdade de gênero.

Em entrevista ao O POVO, Elizabeth falou sobre avanços na legislação contra a violência de gênero tanto nos EUA quanto no Brasil, mas destacou o desafio mútuo para a aplicação dessas leis. "Em primeiro lugar, temos que destacá-las. Pegar um modelo como o VAWA (o Violence Against Women Act, lei americana sobre o tema), a Lei Maria da Penha, e até outras, e falar sobre a parte mais dura, que é a execução e aplicação dessas leis", avalia.

"É perguntar: como nós melhoramos a execução dessa lei? Ela pode, em si, até ser muito boa, mas essa aplicação pode ser difícil. Então, nós precisamos conscientizar as pessoas, e esses livros são sobre isso, falar sobre respeito, dignidade, todas essas coisas que são elementares. E também, em termos de legislação, precisamos achar caminhos para que essas leis possam ser executadas. Há muito o que pode ser feito, unindo corações e mentes", diz.

Neste sentido, a embaixadora destaca inclusive diálogo com a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) no sentido de que EUA e Brasil "liderem" discussão internacional sobre o tema. "O Brasil tem uma oportunidade, como presidente do G-20, de empoderar esse assunto, destacar esse problema", diz Frawley Bagley, destacando a lei brasileira como "uma das melhores do mundo".

"Estou ansiosa para conhecê-la (Maria da Penha), li e escutei muito sobre ela (...) é um símbolo de resiliência, e o que podemos fazer para honrar essa história é garantir que essas leis sejam aplicadas", afirma.

A agenda da embaixadora inclui também entrega do prêmio "Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença", que celebra personalidades de destaque em diversas áreas. Ela é acompanhada por May Baptista, cônsul-geral no Consulado Geral dos EUA no Recife, e Jeffrey Lodermeier, cônsul para Imprensa, Educação e Cultura do Consulado dos EUA no Brasil.

 

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