Os Estados Unidos utilizaram seu poder de veto, nesta quinta-feira (18), em uma votação no Conselho de Segurança sobre o pedido dos palestinos para ingressarem nas Nações Unidas como um Estado de pleno direito, uma possibilidade rejeitada por Israel.
O projeto de resolução apresentado pela Argélia, que recomendava à Assembleia-Geral "que o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas", obteve 12 votos a favor, um contrário e duas abstenções.
A Autoridade Palestina criticou, nesta quinta-feira (18), o veto dos Estados Unidos à adesão dos palestinos na ONU como um Estado de pleno direito, considerando que é uma "agressão flagrante" que empurra o Oriente Médio para a "beira do abismo".
"Esta política americana agressiva para a Palestina, seu povo e seus direitos legítimos representa uma agressão flagrante ao direito internacional e uma incitação para que continue a guerra genocida contra nosso povo [...] que levam à região ainda mais para a beira do abismo", declarou o gabinete do presidente Mahmud Abbas em comunicado.
Este veto "revela as contradições da política americana que pretende, de uma parte, apoiar a solução de dois Estados (ndr: uma Palestina independente do lado de Israel), mas da outra, impede a aplicação desta solução" na ONU, acrescenta o texto.
Nele, o gabinete de Abbas agradece aos países que apoiaram a adesão plena dos Territórios Palestinos à ONU.
"O mundo está unido pelos valores da verdade, da justiça, da liberdade e da paz que representam a causa palestina", destacou a Autoridade Palestina, que exerce competências limitadas na Cisjordânia ocupada.