Logo O POVO+
John Textor leva ao Senado denúncias de corrupção no futebol
Farol

John Textor leva ao Senado denúncias de corrupção no futebol

Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas (CPIMJAE) realiza oitiva de sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) Botafogo de Futebol e Regatas. 

A finalidade da comissão é apurar, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas. 

Mesa: 
advogado do depoente, João Marçal Rodrigues; 
sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) Botafogo de Futebol e Regatas, John Charles Textor - em pronunciamento; 
presidente da CPIMJAE, senador Jorge Kajuru (PSB-GO). 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
Foto: Roque de Sá/Agência Senado Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas (CPIMJAE) realiza oitiva de sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) Botafogo de Futebol e Regatas. A finalidade da comissão é apurar, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas. Mesa: advogado do depoente, João Marçal Rodrigues; sócio majoritário da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) Botafogo de Futebol e Regatas, John Charles Textor - em pronunciamento; presidente da CPIMJAE, senador Jorge Kajuru (PSB-GO). Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O empresário americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, apresentou nesta segunda-feira (22) as suas denúncias de corrupção no futebol brasileiro perante uma comissão do Senado que investiga suspeitas de manipulação de resultados de jogos.

"O que nós descobrimos é que aqui não é nada diferente do que acontece no resto do mundo, Bélgica, França, em toda a Europa. A manipulação de resultados [no futebol] é uma realidade", disse Textor em inglês, segundo a tradução ao português de suas declarações em uma transmissão aberta do Senado.

Durante três horas de interrogatório na comissão criada pelo ex-craque e hoje senador Romário (PL-RJ), o empresário denunciou uma "caixa preta" na forma como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seleciona os árbitros.

Ele afirmou ainda que modernas análises digitais de vídeo que contratou conseguiram discernir entre erros de jogadores e condutas irregulares.

"A imagem do computador nos permite perceber e avaliar as imagens de forma muito mais precisa do que um ser humano é capaz de enxergar", afirmou.

Textor disse que fornecerá a documentação das supostas manipulações aos parlamentares em uma sessão fechada na noite desta segunda-feira.

A comissão especial investiga o suposto envolvimento de jogadores, dirigentes e empresas de apostas na manipulação de resultados de jogos.

Em especial, citou exemplos de irregularidades que teriam beneficiado o Palmeiras, campeão do Brasileirão de 2023, para desgosto do Botafogo, que perdeu a liderança de forma inusitada na reta final, após liderar 31 dos 38 jogos e com uma vantagem que chegou a 13 pontos sobre seus perseguidores na tabela.

"Vamos demonstrar de forma conclusiva que o Palmeiras se beneficiou com a manipulação de resultados", disse Textor.

Segundo a Good Game, empresa contratada pelo milionário americano, o seu "método, desenvolvido em quase 15 anos de experiência na análise de dados de desempenho, consegue detectar manipulações em partidas com probabilidade superior a 99%".

No início deste mês, o Palmeiras pediu que Textor fosse multado pelas acusações.

À frente do grupo Eagle Football, com participações no francês Lyon, no belga Molenbeek e no inglês Crystal Palace, além do Botafogo, o empresário enfrenta um julgamento por outros motivos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Futebol, que já o multou no passado.

Em novembro, ele foi suspenso e multado por acusar a CBF de corrupção após a derrota de seu time por 4 a 3 para o Palmeiras.

Diante dos senadores, ele voltou a atacar a entidade máxima do futebol brasileiro.

"Peço que diminuam o poder da CBF [...] Esse jogo vale a pena ser jogado aqui, é hora de limpá-lo", declarou.

 

rsr/mls/ma/aam

O que você achou desse conteúdo?