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Quantidade de cenas de sexo e nudez em filmes diminuiu quase 40%
Farol

Quantidade de cenas de sexo e nudez em filmes diminuiu quase 40%

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Foto: "Pobres Criaturas" é um filme baseado no livro homônimo de Alasdair Gray e faz referência ao clássico "Frankenstein" (Reprodução Digital | Walt Disney Pictures)

As cenas de sexo e nudez em filmes sofrem uma baixa desde o início do milênio. É o que mostra uma pesquisa feita por Stephen Follows, analista de dados de filmes, divulgada pela The Economist na quarta, 1º.

O estudo examinou os 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos desde 2000 e chegou à conclusão de que o conteúdo sexual no cinema diminuiu quase 40%. A análise levou em conta dados de classificação de filmes e informações de banco de dados em que a presença de "sexo e nudez" de determinado longa foi ranqueada em uma escala que ia de "nenhuma" a "severa".

Em 2000, menos de 20% das produções analisadas não apresentavam conteúdo sexual. Hoje, o número chega a quase 50%. Apesar disso, as cenas estão "mais explícitas do que nunca", segundo a The Economist. A publicação citou sucessos recentes do cinema, como os filmes Jogo Justo, Saltburn e Pobres Criaturas.

RECURSO

Porém, ainda que mais explícitas, as cenas aparecem, cada vez mais, como um recurso narrativo. Ita O’Brien, que já trabalhou como coordenadora de intimidade - profissional que ajuda a coreografar cenas íntimas - de produções como Normal People e Magic Mike - A Última Dança, comentou que, hoje, o sexo "está a serviço do personagem e da narrativa".

Segundo Ita, atualmente há mais conversas entre coordenadores de intimidade e cineastas sobre o quanto determinada cena é importante para a trama do filme. Na maioria das vezes, há alterações no roteiro ou exclusão das cenas.

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