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Chuvas no RS: Arroz e a má fé de comerciantes do CE
Farol

Chuvas no RS: Arroz e a má fé de comerciantes do CE

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FORTALEZA, CEARÁ, 20-05-2024: A venda de arroz em supermercados na cidade de Fortaleza. (Foto: Fernanda Barros / O Povo) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA, CEARÁ, 20-05-2024: A venda de arroz em supermercados na cidade de Fortaleza. (Foto: Fernanda Barros / O Povo)

Tão logo se espalhou por aqui que o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil já começaram as especulações de preços. Não deu tempo sequer de os produtores de arroz dizerem que toda a colheita já foi feita e que as cargas estavam na praça, supermercado cearense já estava limitando a quantidade de sacos de arroz comprada pelos clientes.

Nas semanas seguintes o preço disparou e deve se manter. O aumento, como O POVO bem mostrou ao longo da última semana, era esperado. A logística de distribuição foi impactada, cargas tiveram que voltar ao Rio Grande do Sul para o consumo dos habitantes cujos alimentos foram devastados e, principalmente, a próxima safra está sob xeque.

Óbvio, não se pode generalizar. Mas, após representantes da Ceasa e da Associação Cearense dos Supermercados afirmarem que o cenário não era tão trágico como se desenhavam em alguns comércios locais e o risco de desabastecimento do arroz não existia no Ceará, foi de total surpresa o grande salto no preço do produto.

Faz até medo informar que os gaúchos também têm participação significativa na produção de carne de porco e embutidos, como linguiças. A lição que fica é a de que empatia precisa se estender desde os afetados diretamente pelas chuvas até aqui, onde mesmos distantes, os cearenses se veem apenados pela ganância de uns tantos.

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