Depois de uma chacina que deixou oito mortos em Viçosa do Ceará, uma onda de violência acometeu a Região Metropolitana de Fortaleza na noite dessa sexta-feira, 21. Foram, ao menos, 14 homicídios ao longo do dia na Grande Fortaleza (19 em todo o Estado). Na mais grave dessas ocorrências, uma criança de 10 anos e uma mulher de 48 anos foram mortas na Areninha do Jardim Violeta, localizada no bairro Barroso, em um episódio que ainda deixou oito crianças e adolescentes feridos.
Uma série de medidas já haviam sido anunciadas ao longo da semana pelo governador Elmano de Freitas (PT), incluindo aumento no número de policiais nas ruas e ações de fortalecimento de investigação e inteligência e aprimoramento no trâmite judicial. Já após a matança de sexta, Elmano disse que não hesitaria, se necessário, “em solicitar reforço de apoio federal”.
A situação, claro, exige isso e muito mais. Não é possível esperar resultados diferentes fazendo o mais do mesmo dos últimos anos. É preciso avançar até mesmo para além das forças de segurança, com entrega de novas tecnologias e robustecimento das ações do Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio), por exemplo.
Também é necessário que outros atores, como prefeituras, Governo Federal e até mesmo a oposição somem esforços. Há uma enormidade de ações possíveis de serem feitas e que não são competência do Estado, a exemplo de ações de urbanização, integração com guardas municipais e políticas de prevenção.