A inflação de Fortaleza e Região Metropolitana (RMF) do semestre (janeiro a junho) foi a sexta maior do Brasil, com 2,52%, dentre as 16 localidades pesquisadas. O resultado ainda foi 0,04 ponto percentual (p.p.) acima do registrado nacionalmente (2,48%).
Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados nesta quarta-feira, 10 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, independentemente da fonte.
No acumulado do ano, dos nove grupos pesquisados, apenas transportes obteve deflação, de 1,34%. Por outro lado, as maiores altas foram em: educação (5,92%), alimentação e bebidas (5,42%) e saúde e cuidados pessoais (4,76%).
Confira demais altas:
A inflação na educação foi puxada, principalmente, pela pré-escola, com 9,34%, pelo ensino fundamental, com 7,49%, e pelo ensino médio, com 6,61%.
Porém, os produtos com os maiores aumentos do semestre, todos do grupo de alimentos e bebidas, foram:
Por outro lado, as principais reduções ocorreram em:
Em relação somente ao dado do mês de junho, a RMF também obteve a sexta maior inflação do País, com 0,28%, índice 0,07 p.p. maior do que o nacional. Porém, o resultado foi 0,27 p.p. menor do que o de maio (0,55%).
No mês, três entre os grupos pesquisados tiveram deflação:
E as altas ocorreram em:
O IPCA também traz informações sobre a inflação nos últimos 12 meses, que ficou em 4,71%, quinta maior do País, os maiores aumentos foram nos grupos de educação (9,06%) e de saúde e cuidados pessoais (5,82%).
O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos.
Na Grande Fortaleza, o INPC foi de 2,51% no semestre, valor 0,17 p.p. menor do que o registrado nacionalmente (2,68%).
A inflação do acumulado do ano foi puxada, principalmente, pelos grupos de educação (6,06%), saúde e cuidados pessoais (4,47%) e comunicação (2,49%). O único segmento que teve baixa foi o de transportes (-1,28%).
Os produtos que mais aumentaram foram: batata-inglesa (62,01%), tomate (59,17%) e cebola (51,8%). Por outro lado, as maiores baixas ocorreram no valor da passagem aérea (-40,91%), maracujá (-22,43%) e fígado (-15,58%).
Já no mês de junho, o INPC da RMF foi 0,28%, que representa um decréscimo de 0,3 p.p. em relação ao mês de maio (0,58%), e um aumento de 0,03 p.p. em comparação com o registrado nacionalmente (0,25%).
As maiores altas ocorreram nos grupos de habitação (0,67%), saúde e cuidados pessoais (0,64%) e vestuário (0,64%).
Porém, os produtos que mais aumentaram e abaixaram o valor em junho foram do grupo de alimentos e bebidas (0,19%).
Produtos que aumentaram:
Produtos que baixaram
O IPCA nacional no acumulado do ano foi 2,48%. No período, apenas um grupo dos nove pesquisados passou por deflação, o de artigos de residência com 0,5%.
As maiores altas foram registradas em: educação (5,68%), alimentação e bebidas (4,70%) e saúde e cuidados pessoais (4,38%).
Já, no mês de junho, o índice teve alta de 0,21%, ficando 0,25 p.p. abaixo da taxa de 0,46% registrada em maio. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,23%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a variação havia sido de -0,08%.
As regiões do país com os maiores índices foram: Goiânia (0,5%), Belo Horizonte (0,46%), Rio Branco (0,34%), Brasília (0,34%) e São Paulo (0,29%).
Os grupos com maiores influências na alta:
Já as menores influências:
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,54%) foi influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69% e pela alta dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com vigência a partir de maio de 2024.
Em Alimentação e bebidas (0,44%), a alimentação no domicílio desacelerou de 0,66% em maio para 0,47% em junho. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). No lado das quedas, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).
A alimentação fora do domicílio (0,37%) registrou variação menos intensa na comparação com o mês anterior (0,50%). Os subitens lanche e refeição desaceleraram: de 0,78% para 0,39%, e de 0,36% para 0,34%, respectivamente.
No grupo Transportes (-0,19%), houve queda na passagem aérea (-9,88%). Em relação aos combustíveis (0,54%), o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) tiveram recuo de preços, enquanto a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) registraram alta.
O INPC no Brasil teve alta de 0,25% em junho, 0,21 p.p. abaixo do resultado observado em maio (0,46%). No ano, o INPC acumula alta de 2,68% e, nos últimos 12 meses, de 3,70%, acima dos 3,34% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de -0,10%.
Os produtos alimentícios desaceleraram de 0,64% em maio para 0,44% em junho. A variação dos não alimentícios também foi menor: 0,19% em junho, abaixo dos 0,40% no mês anterior.
Quanto aos índices regionais, Belo Horizonte e Brasília apresentaram a maior variação (0,58%), por conta da alta da energia elétrica residencial (5,98%), na primeira área, e da alta da taxa de água e esgoto (9,20%), na segunda.
Já a menor variação foi observada em Porto Alegre (-0,16%), por conta do gás de botijão (-5,02%).