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Grande Fortaleza tem a sexta maior inflação do Brasil no semestre
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Grande Fortaleza tem a sexta maior inflação do Brasil no semestre

Os produtos com os maiores aumentos do semestre foram: manga, batata-inglesa, tomate, cebola e cenoura. Todos do grupo de alimentos e bebidas
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Dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 10



 (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 10

A inflação de Fortaleza e Região Metropolitana (RMF) do semestre (janeiro a junho) foi a sexta maior do Brasil, com 2,52%, dentre as 16 localidades pesquisadas. O resultado ainda foi 0,04 ponto percentual (p.p.) acima do registrado nacionalmente (2,48%).

Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados nesta quarta-feira, 10 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O indicador se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, independentemente da fonte.

No acumulado do ano, dos nove grupos pesquisados, apenas transportes obteve deflação, de 1,34%. Por outro lado, as maiores altas foram em: educação (5,92%), alimentação e bebidas (5,42%) e saúde e cuidados pessoais (4,76%).

Confira demais altas:

  • Comunicação: 2,58%
  • Artigos de residência: 1,94%
  • Despesas pessoais: 1,47%
  • Habitação: 1,02%
  • Vestuário: 018%

A inflação na educação foi puxada, principalmente, pela pré-escola, com 9,34%, pelo ensino fundamental, com 7,49%, e pelo ensino médio, com 6,61%.

Porém, os produtos com os maiores aumentos do semestre, todos do grupo de alimentos e bebidas, foram:

  • manga (64,09%)
  • batata-inglesa (62,01%)
  • tomate (59,17%)
  • cebola (51,8%)
  • cenoura (50,09%)

Por outro lado, as principais reduções ocorreram em:

  • Passagem aérea (-40,91%)
  • maracujá (-22,43%)
  • fígado (-15,58%)
  • pacote turístico (-11,78%)
  • roupa de cama (-9,09%)

Em relação somente ao dado do mês de junho, a RMF também obteve a sexta maior inflação do País, com 0,28%, índice 0,07 p.p. maior do que o nacional. Porém, o resultado foi 0,27 p.p. menor do que o de maio (0,55%).

No mês, três entre os grupos pesquisados tiveram deflação:

  • artigos de residência (-0,51%)
  • comunicação (-0,38%)
  • educação (-0,02%).

E as altas ocorreram em:

  • habitação (0,66%)
  • vestuário (0,59%)
  • saúde e cuidados pessoais (0,49%)
  • despesas pessoais (0,45%)
  • alimentação e bebidas (0,24%)
  • transportes (0,13%)

Confira os itens que ficaram mais caros em junho na Grande Fortaleza

  • Manga: 35,21%
  • Batata-inglesa: 26,67%
  • Café moído: 7,96%
  • Alho: 7,13%
  • Transporte por aplicativo: 7,11%

Confira os itens que ficaram mais baratos em junho na Grande Fortaleza

  • Cebola: -13,96%
  • Cenoura: -11,09%
  • Goiaba: -7,82%
  • Tomate: -7,47%
  • Roupa de cama: -6,1%

O IPCA também traz informações sobre a inflação nos últimos 12 meses, que ficou em 4,71%, quinta maior do País, os maiores aumentos foram nos grupos de educação (9,06%) e de saúde e cuidados pessoais (5,82%).

Índice Nacional de Preços ao Consumidor da Grande Fortaleza

O cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) se refere a famílias que recebem de um a cinco salários mínimos.

Na Grande Fortaleza, o INPC foi de 2,51% no semestre, valor 0,17 p.p. menor do que o registrado nacionalmente (2,68%).

A inflação do acumulado do ano foi puxada, principalmente, pelos grupos de educação (6,06%), saúde e cuidados pessoais (4,47%) e comunicação (2,49%). O único segmento que teve baixa foi o de transportes (-1,28%).

Os produtos que mais aumentaram foram: batata-inglesa (62,01%), tomate (59,17%) e cebola (51,8%). Por outro lado, as maiores baixas ocorreram no valor da passagem aérea (-40,91%), maracujá (-22,43%) e fígado (-15,58%).

Já no mês de junho, o INPC da RMF foi 0,28%, que representa um decréscimo de 0,3 p.p. em relação ao mês de maio (0,58%), e um aumento de 0,03 p.p. em comparação com o registrado nacionalmente (0,25%).

As maiores altas ocorreram nos grupos de habitação (0,67%), saúde e cuidados pessoais (0,64%) e vestuário (0,64%).

Porém, os produtos que mais aumentaram e abaixaram o valor em junho foram do grupo de alimentos e bebidas (0,19%).

Produtos que aumentaram:

  • Batata-inglesa: 26,67%
  • Melancia: 10,55%
  • Café moído: 7,96%

Produtos que baixaram

  • Cebola: -13,96%
  • Pimentão: -13,43%
  • Goiaba: -7,82%

Cenário nacional

O IPCA nacional no acumulado do ano foi 2,48%. No período, apenas um grupo dos nove pesquisados passou por deflação, o de artigos de residência com 0,5%.

As maiores altas foram registradas em: educação (5,68%), alimentação e bebidas (4,70%) e saúde e cuidados pessoais (4,38%).

Já, no mês de junho, o índice teve alta de 0,21%, ficando 0,25 p.p. abaixo da taxa de 0,46% registrada em maio. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,23%, acima dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a variação havia sido de -0,08%.

As regiões do país com os maiores índices foram: Goiânia (0,5%), Belo Horizonte (0,46%), Rio Branco (0,34%), Brasília (0,34%) e São Paulo (0,29%).

Os grupos com maiores influências na alta:

  • Saúde e cuidados pessoais (0,54%)
  • Alimentação e bebidas (0,44%)
  • Despesas pessoais (0,29%)

Já as menores influências:

  • Transportes (-0,19%)
  • Comunicação (-0,08%)
  • Vestuário (0,02%)

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,54%) foi influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69% e pela alta dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com vigência a partir de maio de 2024.

Em Alimentação e bebidas (0,44%), a alimentação no domicílio desacelerou de 0,66% em maio para 0,47% em junho. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). No lado das quedas, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%).

A alimentação fora do domicílio (0,37%) registrou variação menos intensa na comparação com o mês anterior (0,50%). Os subitens lanche e refeição desaceleraram: de 0,78% para 0,39%, e de 0,36% para 0,34%, respectivamente.

No grupo Transportes (-0,19%), houve queda na passagem aérea (-9,88%). Em relação aos combustíveis (0,54%), o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) tiveram recuo de preços, enquanto a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) registraram alta.

O INPC no Brasil teve alta de 0,25% em junho, 0,21 p.p. abaixo do resultado observado em maio (0,46%). No ano, o INPC acumula alta de 2,68% e, nos últimos 12 meses, de 3,70%, acima dos 3,34% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de -0,10%.

Os produtos alimentícios desaceleraram de 0,64% em maio para 0,44% em junho. A variação dos não alimentícios também foi menor: 0,19% em junho, abaixo dos 0,40% no mês anterior.

Quanto aos índices regionais, Belo Horizonte e Brasília apresentaram a maior variação (0,58%), por conta da alta da energia elétrica residencial (5,98%), na primeira área, e da alta da taxa de água e esgoto (9,20%), na segunda.

Já a menor variação foi observada em Porto Alegre (-0,16%), por conta do gás de botijão (-5,02%).

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