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Loteamentos são caminho sem volta na RMF
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Loteamentos são caminho sem volta na RMF

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FORTALEZA, CEARÁ, 23-05-2024: O mercado imobiliário e os canteiros de obra. Na obra, construções de prédios no bairro Aldeota. (Foto: Fernanda Barros / O Povo) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA, CEARÁ, 23-05-2024: O mercado imobiliário e os canteiros de obra. Na obra, construções de prédios no bairro Aldeota. (Foto: Fernanda Barros / O Povo)

Ao redor de Fortaleza, os municípios da Região Metropolitana também sofrem transformação pelo aumento de loteamentos, o que tem transformado as características ou reforçado o perfil da Cidade e "são um caminho sem volta", como aponta Tibério Benevides, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE).

Ele observa que a comercialização desses produtos, juntamente com os imóveis usados à venda, projeta o mercado imobiliário cearense a um patamar mais elevado que o projetado pelos números de lançamentos.

"Nós achávamos que o mercado imobiliário no Ceará, neste ano, chegaria a cifra de R$ 5 bilhões a R$ 5,5 bilhões. No primeiro semestre, a projeção foi ultrapassada e, se juntar loteamentos e imóveis usados, nós venderemos mais de R$ 10 bilhões em Fortaleza e Região Metropolitana", estima.

A RMF tem sido opção de quem busca qualidade de vida e proximidade com o trabalho e Benevides aponta o surgimento de grandes loteamentos como a resposta do mercado para a demanda dos consumidores.

Ele indica que Aquiraz tem sido uma opção ao Eusébio, no caso dos empreendimentos fechados de casa, e um alvo mais fácil para as grandes empresas, entre incorporadoras e construtoras. Mas outras cidades de perfil menos caro também têm sido alvo.

"Na Região Metropolitana, nós temos lotes o metro quadrado vai de R$ 350 para loteamento aberto a fechados de R$ 1,3 mil", cita, projetando o valor geral de vendas dos loteamentos em R$ 2,5 bilhões neste ano.

Lotear os municípios ao redor da Capital tem sido opção, explica, porque 45% da área loteada deve ser dedicada à urbanização, que deve ser provida pelo incorporador. Como os terrenos em Fortaleza não saem a menos de R$ 300, segundo ele, fica inviável o tipo de negócio.

"O loteamento, para se viabilizar, tem que ter entre 300 e 400 lotes, no mínimo. Outra coisa: o pequeno construtor pode comprar alguns lotes, parcelar, construir e vender para o cliente dele. Na hora de vender, ele quita o lote. Também existe a compra da casa pela Caixa financiando o lote e a casa", sugere.

O presidente do Creci-CE recorda ainda que os números das grandes cidades do Interior passam ao largo dos números computados pelo setor e deu um exemplo de um loteamento que teve todas as vendas concluídas em um fim de semana, em Sobral, com lotes de R$ 60 mil.

 

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