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Ceará registrou 13 casos de Mpox até maio de 2024
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Ceará registrou 13 casos de Mpox até maio de 2024

No último dia 14, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde declarou que o aumento de casos da Mpox na República Democrática do Congo é considerada uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII)
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A MPOX pertence ao gênero orthopoxvirus (Foto: Fiocruz/divulgação)
Foto: Fiocruz/divulgação A MPOX pertence ao gênero orthopoxvirus

Até o mês de maio deste ano, o Ceará registrou 13 casos de Mpox, de acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). A doença reacendeu alerta após o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarar a emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII) com o aumento de casos da doença República Democrática do Congo (RDC)

Ao declarar a ESPII, Tedros disse: “o surgimento de um novo clado (nova variante) de mpox, a sua rápida propagação no leste da RDC e a notificação de casos em vários países vizinhos são muito preocupantes. Além dos surtos de outros clados de Mpox na RDC e outros países da África, está claro que é necessária uma resposta internacional coordenada para deter estes surtos e salvar vidas.”

A doença é conhecida como uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus. A mesma possui duas cepas geneticamente distintas, sendo a cepa da Bacia do Congo e a cepa da África Ocidental. As infecções humanas com a cepa da África Ocidental parecem causar doença menos grave em comparação com a cepa da bacia do Congo.

Outros casos de Monkeypox no Ceará


O último Boletim Epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde do Ceará em 9 de dezembro de 2022, trouxe que até o dia 8 de dezembro daquele ano, o Estado notificou 2.017 casos suspeitos da doença, sendo 599 casos confirmados (com 446 confirmados em Fortaleza), 1.162 descartados, 20 em investigação e outros 236 não classificáveis, com perda de seguimento ou exclusão.


Saiba como ocorre a transmissão e como se dá o tratamento da Mpox


A doença é transmitida de pessoa para pessoa por contato próximo e prolongado com lesões de pele ou com secreções respiratórias de pessoas infectadas, assim como o uso de objetos recém contaminados. A infecção também pode ocorrer por meio de líquidos corporais.

Além disso, pode ser transmitida por inoculação ou por meio da placenta. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), não existem evidências que o vírus possa ser transmitido por via sexual.

Não existe um tratamento específico para a infecção, já que os sintomas costumam desaparecer espontaneamente, sem precisar de um tratamento. A OPAS orienta que a atenção clínica deve ser otimizada ao máximo para que os sintomas sejam aliviados, controlando as complicações e prevenindo sequelas de longo prazo.

É importante cuidar da erupção deixando-a secar, se possível, ou cobrindo-a com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. O ideal é evitar tocar em feridas na boca ou nos olhos.

Enxaguantes bucais e colírios podem ser usados desde que os produtos que contenham cortisona sejam evitados. Um antiviral desenvolvido para tratar a varíola (tecovirimat, comercializado como TPOXX) também foi aprovado em janeiro de 2022

Brasil criou Centro de Operações de Emergência em Saúde para lidar com a doença

Nesta quinta-feira, 15, mesmo com a estabilidade e controle da doença no país, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE-Mpox) para agir em resposta à doença. A criação do centro de operações se deu pela declaração da emergência internacional de Mpox dada pela OMS.

A titular da pasta nacional da saúde, Nísia Trindade, reforçou que mesmo que não existam motivos para um alarme, é necessário estar em alerta.

“Este é, sim, um motivo de alerta, monitoramento e preocupação. Para isso, contamos com nossos sistemas de vigilância e os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), que são essenciais nessa resposta. Contudo, é importante reforçar que não há motivo para alarme, como já mencionado em comunicados anteriores. Devemos permanecer vigilantes e seguir as recomendações disponíveis para lidar com essa emergência de importância internacional, considerando a presença do vírus no Brasil”, afirmou.

 

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