Depois de indas e vindas, foi aprovada em uma das casas, no Senado, a reoneração gradual da folha de pagamentos. O governo, especificamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou emplacar imposto nos anos sem a oneração integral alegando repor as perdas do governo. Na primeira aprovação, o projeto passou sem cobrança sobre as empresas.
Para entender, a reoneração gradual da folha de pagamento vai durar até 2027. Neste ano, a proposta é que os 17 setores da economia que mais empregam fiquem desonerados. Mas a partir de 2025 volta a onerar, com uma alíquota de 5%. Em 2026 serão cobrados 10% e, em 2027, 20%, quando acabaria a desoneração. Durante todo o processo, a folha de pagamentos do 13º salário continuará integralmente desonerada. E esse processo é sem imposto, porque estava previsto no texto o aumento de 15% para 20% da alíquota sobre os Juros Sobre Capital Próprio, o que não passou, pois teve a emenda retirada.
Um ponto importante foi que a garantia de empregos das empresas beneficiadas foi modificada, fixando a obrigação das empresas desoneradas manterem o quadro de funcionários igual ou superior a 75% do verificado na média do ano-calendário imediatamente anterior. A ideia é buscar um equilíbrio e evitar o desemprego. Agora, todos os acordos e desacordos sobre a reoneração gradual seguem para a Câmara dos Deputados.