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Debate O POVO dá novo tom à disputa em Fortaleza
Farol

Debate O POVO dá novo tom à disputa em Fortaleza

É a política da "lacração", diretamente conectada com a ampliação do poder das redes sociais dentro do processo eleitoral. É o que se viu durante o debate do O POVO com os candidatos à Prefeitura de Fortaleza, na última terça-feira. O POVO também realizou os debates com os candidatos de Caucaia e Eusébio
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Debate do O POVO com os candidatos à Prefeitura de Fortaleza, na sede da OAB-CE, onde foram realizados também os debates com os candidatos de Caucaia e Eusébio (Foto: Fco Fontenele)
Foto: Fco Fontenele Debate do O POVO com os candidatos à Prefeitura de Fortaleza, na sede da OAB-CE, onde foram realizados também os debates com os candidatos de Caucaia e Eusébio

Marcado por provocações e acirramento de ânimos, o Debate O POVO entre candidatos à Prefeitura de Fortaleza revelou as principais estratégias dos nomes que disputam o comando da quarta capital mais populosa do Brasil. Se por um lado o terreno das propostas ficou bem árido, deixando muito a desejar, por outro sobraram críticas e frases polêmicas, algumas já transformadas em memes de repercussão nacional. Não tem para onde escapar, essa já é a eleição do "chupa aqui pra ver se sai leite".

O objetivo de cada um que esteve ali presente era bem claro desde o início: tentar desconstruir as imagens que os adversários moldaram para o momento de campanha. José Sarto (PDT) foi acusado de ter montado um personagem com seus óculos juliet; Capitão Wagner de não ter feito nada de espetacular pela Saúde de Maracanaú, município onde foi secretário da área; André Fernandes (PL) estaria fingindo ser uma pessoa equilibrada, enquanto Evandro Leitão (PT) foi apontado como "poste" e pior nome que o partido poderia escolher. Já Técio Nunes (Psol) e George Lima (Solidariedade) seriam apenas figuras "inexpressivas" ou "gargantas de aluguel" a serviço da candidatura petista. Ataques que provocaram o momento mais tenso do debate, cuja temperatura pode ser medida pela quantidade de pedidos de direito de resposta: quinze ao todo.

É a política da "lacração", diretamente conectada com a ampliação do poder das redes sociais dentro do processo eleitoral. No atual contexto, quanto mais visibilidade, mais chances de crescer nas pesquisas e, quem sabe, alcançar a vitória. Não à toa que quase instantaneamente após uma frase de efeito ser dita - o que denota pesquisa, treino e um planejamento prévio -, lá estavam os cortes dos candidatos sendo compartilhados em seus perfis com milhares de curtidas e visualizações.

Tudo isso faz parte dessa nova dinâmica comunicacional, mas o importante é que o eleitor fique atento e não se deixe guiar apenas pela galhofa ou por tiradas bem colocadas, e se questione: "Afinal, quem sabe lacrar, sabe governar? Determinada pessoa tem realmente condições de administrar Fortaleza e superar seus milhares de desafios?". É muita coisa em jogo e depois não adianta "chorar pelo leite derramado".

 

Para assistir aos debates promovidos pelo O POVO

https://www.youtube.com/live/WFWp2-l9XdQ?si=aaz3TzVk97fczKa3 

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