A poucas semanas das eleições municipais de 2024 já é extensa a lista de relatos de violência política envolvendo candidatos a prefeito e vereador de diversos polos e regiões do Ceará. Na Capital, postulantes à Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) já denunciaram formalmente ameaças e represálias de atores ligados a facções criminosas.
Um destes candidatos relatou ter sido abordado durante atividade de campanha por homens que se identificaram como membros de facção criminosa e que lhe disseram que ele não poderia fazer campanha em determinados bairros pois apenas outro candidato estaria "autorizado". O denunciante formalizou a situação em boletim de ocorrência e o caso seguiu para investigação.
Em conversa com autoridades de segurança e da Justiça Eleitoral nesta semana, o discurso é uníssono: integração para combater a atuação do crime organizado no pleito. Roberto Sá, secretário da Segurança, e o desembargador Raimundo Nonato, presidente do TRE-CE, elencam medidas para garantir a segurança de candidatos e eleitores neste pleito.
Apesar disso, atores paralelos continuam agindo. O que demanda mais celeridade em investigações e medidas de prevenção e repressão. Candidatos não poderem atuar em certas áreas é prejudicial ao processo eleitoral em si. Nesse sentido, o direito de fazer-se campanha, onde, como e quando a lei eleitoral permite, é inegociável e deve ser preservado a todo custo.