A uma semana da votação, o Agregador O POVO aponta tendência crescente de 2º turno entre os candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.
Mecanismo de tradução da média das pesquisas já divulgadas até aqui, a ferramenta é instrumento interessante na aferição do humor do eleitorado, por volátil que seja, assegurando espécie de visão de sobrevoo pelas múltiplas variações de sondagem a sondagem.
Pelo agregador, por exemplo, não apenas a hipótese de etapa complementar se fortaleceu na capital cearense, como também a de que os nomes apoiados por Bolsonaro e Lula se enfrentem na fase subsequente, confirmando a tese da polarização - e os anseios de parte a parte em medirem forças.
Essas inclinações do eleitor fortalezense, contudo, estão sempre sujeitas a mudanças de última hora, já que, não custa repetir, trata-se antes de intenção de voto, e não do voto cristalizado. Logo, a campanha se mantém em aberto nesta reta final, o que deve adicionar dose extra de adrenalina à corrida, adiando qualquer desenho mais nítido do quadro para os momentos derradeiros da peleja.
Mesmo com progressiva defecção de apoiadores, Capitão Wagner (União Brasil) e José Sarto (PDT) seguem no jogo. Para ambos, todavia, o desafio é maior, considerando-se a diferença - mais estreita ou mais larga, a depender do levantamento - que precisam vencer em relação aos líderes do pleito.
Quanto a Fernandes e Leitão, a dúvida é sobre quem, entre os dois, detém fôlego suficiente para fechar o 1º turno na dianteira, indo em vantagem para o segundo, mesmo que simbólica.
Em síntese, o quadro esboçado a esta altura é animador para os "cabeças" da briga, mas não a ponto de lhes garantir posição confortável na volta de arremate, pelo contrário. Embora mais distanciados, Wagner e Sarto ainda permanecem no retrovisor de André e Evandro, prontos a explorar qualquer erro dos adversários.