A rua José Martins, no bairro Granja Lisboa, em Fortaleza, reunia crianças e adultos, a maioria moradores do residencial Leonel Brizola, para receber uma série de ações voltadas para a comunidade. Egressos do sistema prisional romperam as grades, mas não em fuga. Eles estavam sob o monitoramento da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e prestavam serviços gratuítos aos moradores. Serviços integram uma série de ações que unem Segurança Pública e ao atendimento social, que incluiam a entrega de 50 viaturas da SAP.
As pessoas permaneciam sob o atendimento em tendas, que incluiam serviços de corte de cabelo, manicure e pedicure, comercialização de produtos de artesanato, como crochê e distribuição de hortaliças cultivadas pelos internos. Os egressos do sistema penitenciário prestavam serviço na comunidade e eram acompanhados por policiais penais.
Mais a frente um veículo era ocupado por profissionais da saúde que realizavam serviços odontológicos e, do outro lado da via, também no entorno do residencial, o caminhão do cidadão realizava ações de emissão de documentos. Moradores também levavam os pets para a inserção de coleiras que impedem o calazar.
O secretário Mauro Albuquerque entrou no residencial e transitava pela comunidade acompanhado de outros profissionais da Polícia Penal. Há pelo menos 30 dias os profissionais da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) atuam na área.
O gestor da SAP recebeu o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, além do comandante geral da Polícia Militar, Klênio Savyo, e o delegado geral da Polícia Civil (PC-CE), Márcio Gutierrez. A cúpula visitou cada ação e cumprimentou as tropas da Polícia Militar, profissionais da Polícia Civil e da Polícia Penal.
"Muito importante que essa operação faz parte do Ceará contra o crime e mostra o investimento pesado do nosso governador para com a Secretaria da Admininstração Penitenciária. O impacto com mais viaturas para fazer a fiscalização dos tornozelados, hoje são mais de dez mil tornozelados", afirma Mauro Albuquerque.
Mauro destacou que as ocorrências atendidas pela SAP são relacionadas com os 22 mil presos que integram o sistema penitenciário. As ações consistem em transporte de presos para a Justiça, escolta de presos, situações de brigas dentro das unidades, tentativa de fuga, recaptura de foragidos, cumprimento de mandado de prisão de tornozelados. "É uma cidade à parte dentro do próprio estado", descreve.
Roberto Sá destacou a necessidade de trabalhar no limite da lei com a inclusão social e dar oportunidade a pessoas. "O Estado está aqui para proteger as pessoas. Vamos salvar as crianças, que são a geração no futuro. A gente deve refletir como ser um melhor pai, um melhor professor, ummelhor policial, para que a gente possa deixar um legado, que a gente possa deixar para essas crianças um exemplo de futuro, para que sigam a trilha do bem", ressaltou o gestor da SSPDS. (Colaborou Bárbara Mirele)