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Falsa médica oferecia botox e lipolaser em clínica dentro de condomínio fechado em Fortaleza
Farol

Falsa médica oferecia botox e lipolaser em clínica dentro de condomínio fechado em Fortaleza

Mulher de 23 anos foi presa na última sexta-feira, 25, após denúncias à Polícia Civil do Ceará (PC-CE) e autuada por exercício ilegal da medicina
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Entre as apreensões estão medicamentos, anestésicos e máquinas de procedimentos estéticos (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Estado do Ceará)
Foto: Divulgação/Polícia Civil do Estado do Ceará Entre as apreensões estão medicamentos, anestésicos e máquinas de procedimentos estéticos

Uma mulher de 23 anos foi presa suspeita de atuar como falsa médica em uma clínica de estética dentro de um imóvel em um condomínio fechado no bairro Parque Iracema, em Fortaleza. A suspeita oferecia serviços de botox, lipolaser e fios de sustentação (fios de PDO) no local. Após denúncias, a mulher foi capturada pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) na última sexta-feira, 25.

No imóvel onde a clínica funcionava, a suspeita foi abordada pelos agentes que comprovaram a ilegalidade do exercicio ilegal da medicina por falta de comprovação da profissão por parte da mulher.

Ainda no local, a Polícia Civil apreendeu equipamentos, entre anestésicos, agulhas, máquinas de procedimentos, camas cirúrgicas, somando valor acima de R$ 120 mil, além de maquinetas.

De acordo com a titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Keyla Lacerda, as denúncias sobre o caso chegaram há algumas semanas, onde foi realizado um relatório técnico e, posteriormente, realizada a captura da suspeita.

“Ela dizia que o “porquê com ela se várias pessoas fazendo isso que ela faz” enquanto a equipe fazia apreensão. Na delegacia, ela resolveu ficar calada”, informa a titular da DDF.

A mulher foi conduzida para a Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), da Polícia Civil, onde foi autuada pelo crime de exercício ilegal da medicina, presente no artigo 282 do Código Penal.

Na unidade, a suspeita assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi colocada em, em seguida, foi colocada em liberdade, visto que a pena permite o procedimento.

A delegada Keyla Lacerda explica que mesmo sendo confirmado o crime que ela praticou, a pena do delito permite que seja feito um TCO e não um auto de prisão em flagrante.

“Em respeito à lei, nós temos que colocá-la em liberdade. A gente espera que os legisladores deem maior atenção ao tipo de crime, que a gente vê mais crescente”, comenta.

Ainda segundo a titular da DDF, o fato do espaço funcionar com um esquema organizado e com características típicas de uma clínica de estética profissional. Além disso, os valores poderiam atrair o público e que, a partir disso, é necessário criar um alerta na busca por profissionais para realizar os procedimentos.

Segundo informações da PC-CE, a presa já é investigada por ligação com organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a fé pública. A ação foi coordenada pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) e contou com o apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP).

Os nomes dos suspeitos presos em ações das forças da segurança do Ceará deixaram de ser divulgados desde o dia 5 de fevereiro de 2024. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou atender à orientação da sua assessoria jurídica para adequar-se à Lei de Abuso de Autoridade (Lei Nº 13.869/2019).

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