Com crescimento de 10,1%, o Ceará obteve o melhor volume de atividades turísticas do Brasil em setembro quando comparado ao igual mês de 2023. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (9,5%), seguido por Minas Gerais (6,0%), São Paulo (1,4%) e Paraná (5,7%).
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, em setembro de 2024, o índice cresceu 1,8% frente a agosto. No acumulado do ano, a alta é de 2,1% enquanto, nos últimos 12 meses, houve uma queda de 2,2%.
Sobre a receita nominal, foi constatada uma alta de 2,7% na comparação mensal e de 18,7% ante setembro do ano anterior.
A secretária do Turismo do Ceará, Yrwana Albuquerque, destaca que o Ceará é um estado que conta com uma diversidade de atrativos, mas, em setembro, especialmente, dois segmentos contribuíram para os resultados positivos.
"Um é o turismo de esportes, com a temporada dos ventos em alta. Neste segmento o kitesurfe, sem dúvidas, é o principal destaque. O outro é o turismo de negócios, que o Ceará tem uma grande vocação, especialmente com uma agenda intensa no Centro de Eventos do Ceará, equipamento indutor. São apostas para tornar o estado um destino de médias e altas temporadas, onde se é possível alcançar números importantes como esse do IBGE", afirma.
Outro ponto investigado pela pesquisa é o volume de serviços, que recuou 2% no Ceará em setembro de 2024. Com isso, o setor cai em relação ao patamar de agosto (1,4%).
Em comparação ao igual mês do ano anterior, o resultado também foi negativo (-0,9%). Porém, tanto no acumulado do ano quanto nos últimos 12 meses, foi registrada uma alta de 0,7%.
Apesar da queda no índice geral de volumes de serviços levando em consideração setembro de 2023, houve predomínio de taxas positivas em termos setoriais.
As altas foram nos serviços prestados às famílias (21,3%), serviços de informação e comunicação (1,9%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,7%) e outros serviços (4,9%). Apenas os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram queda (-13,9%) no período.
O volume de serviços do país cresceu 1% em setembro de 2024 e renovou o ponto mais alto de sua série, superando em 0,6% o antigo patamar mais elevado (julho de 2024). Além disso, o volume total de serviços está 16,4% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco é fevereiro de 2020.
Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE observa que “em setembro, tivemos vários setores que impulsionaram o volume de serviços, como empresas de engenharia; de produção de festivais musicais; de transporte dutoviário; e edição de livros integrados à impressão."
Por outro lado, há incrementos de receita mais constantes em tecnologia da informação, agenciamentos de espaços de publicidade em mídias digitais, intermediação de negócios por aplicativos ou plataformas e-commerce e administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade.
"A conjuntura econômica pode até potencializar o crescimento dos serviços, mas não explica sozinha o bom desempenho do setor", destaca.
Em setembro de 2024, houve predomínio de taxas positivas tanto em termos setoriais quanto na ótica regional, já que quatro das cinco atividades investigadas mostraram expansão frente ao mês anterior.
A atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) foi a maior influência positiva sobre o índice no mês. Outras altas ocorreram em informação e comunicação (1,0%); transportes (0,7%) e serviços prestados às famílias (0,4%). O único recuo do mês foi em outros serviços (-0,3%).
Na comparação com setembro de 2023, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu 4,0%, seu sexto resultado positivo seguido nesta comparação.
O acumulado no ano chegou a 2,9% frente ao mesmo período de 2023 e o acumulado em doze meses foi a 2,3%, sua maior taxa desde abril de 2024 (2,5%).
Levando em consideração o índice de atividades turísticas, o crescimento foi de 0,5% frente a agosto. Com isso, o segmento de turismo se encontra 8,1% acima do patamar de fevereiro de 2020 e apenas 0,2% abaixo do ponto mais alto da série (fevereiro de 2014).
Essas atividades cresceram em seis dos 17 locais pesquisados, com o Rio de Janeiro (14,9%) dando a contribuição positiva mais relevante, devido a um evento musical de grandes proporções.
Por outro lado, os principais recuos foram em São Paulo (-1,0%) e Bahia (-4,9%), seguidos por Goiás (-4,9%) e Santa Catarina (-3,1%).
Em relação a setembro de 2023, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 2,2%, impulsionado pelo aumento na receita de restaurantes; espetáculos teatrais e musicais; agências de viagens; transporte aéreo de passageiros; e serviços de reservas relacionados a hospedagens.