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Os conservantes em nossa mesa
Farol

Os conservantes em nossa mesa

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Tipo Notícia

Henrique Neves é diretor da Rigel, uma empresa cearense especializada no combate a fungos com experiência na indústria alimentícia. Segundo ele, as empresas superam diversos desafios com frequência, mas, para aquelas que atuam no ramo alimentício, um dos obstáculo é com a segurança dos alimentos, garantido pelo Sistema de Gestão da Segurança dos Alimentos (SGSA).

Esse sistema está relacionado à estratégia da empresa, aos processos produtivos, à armazenagem na fábrica e no local de venda, ao transporte, ao tempo de prateleira, a experiência do consumidor em sua casa e à todas as pessoas envolvidas nesses processos.

Além desses cuidados, a empresa utiliza uma abordagem em três etapas que envolvem a avaliação de processos, necessidade de desenvolvimento e/ou implantação de equipamentos e comercialização de conservante antimofo, protegendo os alimentos de microrganismos prejudiciais.

"Nos guiamos por referências nacionais e internacionais de uso dos conservantes. Para isso, utilizamos substâncias amplamente reconhecidas e aprovadas por órgãos reguladores, comuns na indústria alimentícia e considerados totalmente seguros. Nossa estratégia para aplicação saudável está relacionada ao rigor das proporções", explica Henrique Neve.

Segundo a engenheira agrônoma com PhD em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Jacqueline de Oliveira, os conservantes desempenham um papel essencial na segurança alimentar, impedindo a deterioração e o crescimento de microrganismos que poderiam causar intoxicações e perdas de alimentos.

"Em nosso organismo, os conservantes sintéticos são geralmente processados e eliminados sem grandes complicações, desde que consumidos dentro dos limites recomendados pelas agências reguladoras. Contudo, em algumas pessoas sensíveis, o consumo excessivo de certos conservantes pode desencadear reações adversas, como alergias ou desconfortos digestivos", alerta.

Ela destaca que atualmente existe um crescente interesse pelos conservantes naturais, que tendem a ser mais compatíveis com o organismo. "Esses conservantes, derivados de fontes como plantas e óleos essenciais, possuem propriedades antimicrobianas e antioxidantes, além de oferecem uma alternativa mais natural ao consumidor, sem comprometer a segurança dos alimentos".

A engenheira agrônoma pontua que para aqueles que procuram uma alternativa de reduzir o consumo de conservantes, o ideal é, além de alimentos caseiros, priorizar alimentos frescos, locais e minimamente processados — como frutas, vegetais e carnes frescas —, em vez de produtos ultraprocessados. "O mais importante é encontrar um equilíbrio, porque os conservantes têm um papel na segurança alimentar, e não é necessário excluí-los completamente da dieta. O foco deve ser a moderação e a variedade, optando por alimentos mais naturais sempre que possível", ressalta.

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