Após a Justiça determinar que a Prefeitura de Fortaleza tomasse providências sobre a falta de medicamentos e insumos no Instituto Dr. José Frota (IJF), prefeito José Sarto anuncia, nesta quinta-feira, 21, que uma força-tarefa foi criada para gerir "imediatamente" a unidade hospitalar. Gestão da instituição será feita temporariamente por representantes da Secretaria da Saúde, da Secretaria de Finanças, da Secretaria de Governo e da Procuradoria Geral do Município.
De acordo com vídeo publicado nas redes sociais do prefeito, a ideia é que grupo de gestores passe a dar "todo o suporte e agilidade aos processos de compras e pagamentos da instituição".
"Com a medida, reforço meu inteiro compromisso de zelar pela saúde e pela vida dos pacientes, assegurando o atendimento de excelência prestado historicamente pelo IJF", destaca Sarto em publicação.
A Prefeitura também lançou uma nota em seu site, onde o prefeito explica que o titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Galeno Taumaturgo, deve liderar o esforço estratégico, "contando com toda a estrutura da Prefeitura para garantir imediatamente o restabelecimento do abastecimento de materiais e insumos, para que a população não tenha nenhum prejuízo".
"E (a força-tarefa) tem total autonomia para fazer essa gestão e garantir a excelência que o IJF tem e terá para a cidade de Fortaleza e para o Ceará, considerando que 50% das pessoas atendidas pelo hospital são do interior do estado", destaca ainda Sarto em nota.
Horas antes do anúncio do Prefeito, a Justiça determinou a realização de uma audiência inicial de conciliação entre representantes do Ministério Público (MPCE) e da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza (PGM) para tratar acerca do descaso no IJF. Encontro será realizado na próxima terça-feira, 26.
Denúncias sobre o descaso na unidade de saúde começaram a surgir há cerca de uma semana. Conforme noticiado na época pelo O POVO, pacientes relataram a falta de antibióticos e de medicamentos e insumos básicos no equipamento, que é o principal hospital do Ceará para vítimas de traumas complexos.
Além disso, usuários também apontaram a falta de itens essenciais, como esparadrapo, gaze, algodão e álcool, e alguns relataram que aguardam por semanas e até meses para realizar procedimentos cirúrgicos.
Na ocasião, o Sindicato dos Médicos do Ceará chegou a informar ao O POVO que a demora na realização de procedimentos ocorria devido a atrasos nos pagamentos dos médicos terceirizados.
Atualizada às 18h57min