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Segundo dia da 2ª fase do vestibular da Uece tem 7% de abstenção
Farol

Segundo dia da 2ª fase do vestibular da Uece tem 7% de abstenção

Mais de 10 mil candidatos estão aptos a concorrer às 2.850 vagas ofertadas pela instituição. Desse total, 1.262 vagas estão sendo oferecidas em Fortaleza
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SEGUNDA fase do vestibular encerrou ontem (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA SEGUNDA fase do vestibular encerrou ontem

O último dia da segunda fase do vestibular da Universidade Estadual do Ceará (Uece) registrou 7% de abstenção. Prova foi realizada na manhã de ontem, 16. No primeiro dia da segunda etapa, realizada nesse domingo, 15, um total de 8.240 estudantes estiveram presentes, o que corresponde a 82% de presença. 

No segundo dia de provas específicas, os estudantes responderam às questões de Física, Química, Geografia, História, Filosofia e Sociologia. Além das disciplinas do último dia, a segunda etapa do vestibular cobrou ainda questões de Biologia, Matemática, Língua Portuguesa, Inglês, Francês e Espanhol; assim como uma Redação.

Total de 10.049 candidatos estão aptos a concorrer às 2.850 vagas ofertadas pela instituição. Desse total, 1.262 vagas estão sendo oferecidas em Fortaleza.

Outras 1.588 vagas são destinadas aos cursos nas unidades do interior do Estado do Ceará, localizadas nos municípios de Aracati, Canindé, Crateús, Limoeiro do Norte, Iguatu, Itapipoca, Mombaça, Tauá, Quixadá e Quixeramobim.

Provas marcam o fim da rotina de preparação para candidatos e familiares

Faltando cinco minutos para o fechamento dos portões na Uece, Campus Itaperi, a estudante Giovana Rodrigues, de 20 anos, conseguiu ingressar no local de prova. Concorrendo pela terceira vez a uma vaga no curso de Medicina Veterinária, a estudante confessa temer o nível de dificuldade das questões de Física e Química.

“Ontem, a prova foi boa, a redação também foi tranquila. Mas, tudo que foi bom ontem, vai vir de ruim hoje, porque é Química e Física. É bastante difícil, a Uece pega pesado”, explica. Sobre os itens que conseguiu organizar para realizar a prova, ela é sucinta: “eu só trouxe a caneta, a identidade e um sonho”.

Para evitar o trânsito e garantir uma tranquilidade antes da prova, muitos candidatos começaram a se concentrar cedo em frente aos locais de prova. Um desses participantes foi Guilherme Araújo, de 17 anos, estudante da rede particular de ensino. O candidato, que vai concorrer à uma vaga no curso de Direito, compareceu no local de prova, na Uece - Campus Itaperi, por volta das 8 horas.

Guilherme revelou que a expectativa é de que as provas do último dia estejam fáceis, assim como no primeiro dia. “Na redação, eu achei o tema fácil. Eu escolhi o discurso, que é o mais próximo do que eu costumo fazer; e Português tava de boa também”, explica.

Após muita preparação, o estudante confessa que o nervosismo pode ser um fator determinante. “Eu acho que eu vou bem, as expectativas são boas, mas eu sempre fico nervoso na hora de fazer. Então, eu estou um pouco nervoso, mas eu acho que vai ser fácil”, explica.

A mãe e professora de redação de Guilherme, Magna Araújo, acompanhou o filho desde a preparação até a entrada na prova e acredita que a afinidade do estudante com os temas das provas pode facilitar a garantia de uma vaga.

“Como o Guilherme está pleiteando uma vaga no curso de Direito, e a área de Humanas é uma área que ele gosta muito; com a qual ele tem muita afinidade, eu acredito que ele vai prosperar”, manifesta.

Como professora de produção textual, Magna acredita que a prova de redação do vestibular da Uece é mais simples, em comparação com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“A própria banca já dá condições, a partir das informações que ela coloca, para que o aluno se sinta mais à vontade na hora de construir o texto. Por exemplo, em alguns gêneros que não são comumente utilizados, a banca vai e coloca algumas informações que vão subsidiar o texto e isso traz mais segurança para o candidato; além do número de linhas ser menor”, explica.

Estudantes não concludentes aproveitam para treinar

Cursando o 1º ano do Ensino Médio, a estudante Cecília Oliveira, de 16 anos, conta que está realizando a prova em 2024 como forma de preparação. Com o sonho de cursar Medicina, a estudante relata que, este ano, resolveu se candidatar ao curso de Educação Física.

“Eu tô aplicando para Educação Física, porque tem as mesmas específicas da Medicina. Aí, eu tô fazendo como treineira para ir acostumando, para quando chegar no terceiro ano eu estar mais relaxada”, conta.

Questionada sobre não ter aplicado diretamente para uma vaga no curso de Medicina, Cecília confessa que optou pelo curso por ter uma nota de corte mais baixa, o que aumentou suas chances de garantir uma vaga na etapa seguinte.

“A nota de corte da primeira fase para Medicina foi 132; para Educação Física foi 76. Era muito mais fácil eu conseguir fazer a segunda fase aplicando para Educação Física, porque tinha mais chances. Como eu queria ir para a segunda fase, eu botei Educação Física”, afirma.

Também cursando o 1º ano do Ensino Médio e pleiteando uma vaga no curso de Pedagogia, Ana Júlia Teixeira, de 15 anos, conta que, mesmo participando como treineira, não conseguiu escapar do nervosismo.

“Eu estou mais nervosa do que ontem. Português é muito mais a minha área, eu sou muito mais de Humanas, então foi muito mais confortável; a de ontem foi bem mais fácil; tirando a Redação. Para hoje, eu tô muito mais nervosa, porque é História e Geografia; e costuma cair muito sobre História e Geografia do Ceará. Na escola, a gente não estuda tanto História e Geografia do Ceará, então, eu tô um pouco mais nervosa por causa disso”, explica.

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